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Para colher bons resultados com os maturadores, a aplicação adequada é fundamental

Os maturadores são produtos cada vez mais presentes no cotidiano das empresas. Uma das vantagens decorrentes da utilização desses produtos é a obtenção de uma matéria-prima com maior teor de sacarose entregue nas pontas da safra, o que resulta em maior produtividade industrial. Além disso, ele possibilita estender a duração da safra, com consequente aumento da quantidade de cana moída, e melhora a eficiência logística da usina, pois, se o ART crescer, o custo por quilo de açúcar transportado será menor, pois será levada menos água para a unidade.
As aplicações acontecem, majoritariamente, no início de safra, de fevereiro a maio no Centro-Sul, quando o nível de ATR (Açúcar Total Recuperável) é mais baixo. Neste momento, o produto irá dar um estresse na cana, fazendo com que seja possível antecipar a colheita com melhores taxas de ATR por tonelada. Esse é o maior mercado de maturadores, chegando a 80% das aplicações do produto.
Já nas aplicações em final de safra, o produto irá agir inversamente, ou seja, irá fazer com que o nível de açúcar caia mais devagar, já que nessa época o ATR tende a recuar, pois a cana vem de um período com boas taxas de açúcar para, então, entrar em um período chuvoso, que é o de final de ano. As aplicações de meio de safra, por sua vez, irão explorar ao máximo o potencial de variedades altamente produtivas em caso de chuvas de inverno, que derrubam rapidamente a maturação do canavial.
É importante também que o produtor esteja atento à curva de maturação das variedades. As canas precoces, por exemplo, respondem melhor à aplicação no início da safra do que as médias e tardias.

Como utilizar corretamente os maturadores será um dos assuntos debatidos no 9º Grande Encontro Sobre Variedades de Cana-de-Açúcar, que acontece no Centro de Convenções de Ribeirão Preto/SP, nos dias 23 e 24 de setembro.

Fonte: Grupo IDEA