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Boletim Diário do Milho | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Boletim Diário do Milho

Bolsa de Chicago (CBOT)
Os contratos futuros de milho negociados na bolsa de Chicago terminaram a sessão desta quarta-feira do lado negativo da tabela, pressionados pelas
quedas acentuadas verificadas no mercado do trigo somado a previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras e valorização do dólar frente
a fatores macroeconômicos. Os contratos futuros do trigo nos EUA despencaram nesta quarta-feira pressionados por sinais de oferta abundante e
perspectivas sombrias para exportações norte-americanas. A queda do trigo pressionou os preços do milho, que atingiram seu menor nível desde 22 de
junho. O dólar mais firme, que torna as commodities dos EUA mais caras para compradores estrangeiros, imprimiu um tom baixista às negociações. O
primeiro contrato do trigo vermelho duro de inverno caiu 2,5% em Chicago e atingiu o menor patamar em mais de oito anos. Já o contrato
dezembro/15 do trigo soft encerrou em queda de 7,25 centavos de dólar, a US$4,79/bushel, mas os preços chegaram a tocar a mínima do contrato de
US$4,76/bushel mais cedo durante a sessão. O milho para dezembro/15 teve baixa de 1,50 centavo de dólar, a US$3,67½/bushel. O humor nos mercados
financeiros, repercutindo fatores econômicos na China e nos EUA segue elevando o dólar e gerando fuga de ativos de maior risco. Paralelamente, as
previsões climáticas se mostraram mais amenas no Meio Oeste dos EUA e deverá garantir boas produtividades as lavouras norte-americanas.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os valores dos contratos futuros de milho negociados na BMF&Bovespa continuaram na contramão ao ampliar as altas no encerramento da sessão desta
quarta-feira. O vencimento setembro/2015, o qual baliza os contratos com lotes da segunda safra brasileira encerrou o dia cotado a R$30,43/saca, com
valorização de 2,08% em relação ao fechamento da sessão anterior, ao passo que o vencimento maio/16, registrou ganho diário de 1,79%, cotado a
R$33,63/saca. Como nas sessão anteriores, as altas nos futuros do milho na bolsa brasileira continuaram a ser balizados positivamente pela escalada altista
do dólar frente ao real. Tal condição eleva a competitividade do produto brasileiro e colabora para aumentar a estimativa para as exportações nacionais
nesta safra 2014/15. Projeções de quedas acentuadas na área de milho verão no Brasil também endossaram as altas.
Dólar (US$)
O dólar deu continuidade a escalada altista nesta quarta-feira, com valorização pela quarta sessão consecutiva, e foi ao patamar de R$3,75 pela primeira
vez desde o fim de 2002, pressionado por preocupações com as contas públicas do Brasil e com o risco de o país perder o selo internacional de bom pagador.
O dólar avançou 1,95%, a R$3,7598 na venda, maior nível desde 12 de dezembro de 2002 (R$3,785). Na máxima da sessão, a moeda norte-americana
atingiu R$3,7738, maior patamar intradia desde 13 de dezembro de 2002 (R$3,775). No acumulado do ano até agora, o dólar tem alta de 41,41% sobre o
real. Na segunda-feira, o governo enviou ao Congresso proposta de Orçamento de 2016 prevendo gastos maiores do que receitas. Operadores entenderam
que a decisão aumenta a chance de o Brasil perder seu grau de investimento nos próximos meses, o que pode provocar fuga de capitais do país. Essa
perspectiva vem levando investidores a venderem ativos denominados em reais, pressionando o câmbio. Esse movimento resistiu mesmo à queda do
dólar em relação a outras moedas emergentes nesta sessão, um respiro após fortes altas recentes provocadas por preocupações com a economia chinesa.
A atuação do Banco Central também tem sido um foco importante para o mercado, que questiona se pode aumentar sua intervenção no câmbio para
desacelerar o avanço da moeda norte-americana. Havia ainda alguns operadores cogitando que o BC poderia intervir no mercado à vista, vendendo
dólares e usando recursos das reservas internacionais.
Mercado Interno
No Brasil, os preços do milho registraram uma nova rodada de alta. Mais uma vez, o comportamento cambial no país favoreceu a formação de preços
mais elevados. A presença mais que ativa das tradings exportadoras em algumas importantes praças produtoras e comercializadoras continuou ditar o
ritmo das valorizações do grão, visto que na maior parte dos casos, estas conseguem oferecer valores maiores que os compradores do mercado nacional.
Nas principais zonas portuários do país, as indicações de preço variaram entre R$32,50/saca e R$33,50/saca, dependendo do prazo para pagamento e
entrega. Já o referencial Campinas, foi cotado a R$29,50/saca, como modesta alta em relação ao dia anterior em função da necessidade de compra e firmeza
dos preços no interior do estado. Nas regiões Sul e Sudeste, mesmo com o término da colheita de uma segunda safra recorde no país, a oferta de venda é
regulada ao mesmo tempo que cresce a necessidade por parte das indústrias e outros demandantes de recompor estoques. Com a chegada do período de
entressafra e perspectiva de quedas na área plantada com milho na safra verão, os agentes passaram a correr para garantir estoques de olho na
possibilidade de embarques recordes ao exterior. No Centro-Oeste, as vendas no spot seguem limitadas, já que resta pouco ofertas do grão na mão dos
produtores. Quando muito, os poucos reportes de acordos envolvem lotes com entrega em agosto e setembro de 2016, sobretudo nos estados de GO e
MT.
Comentários
Grandes safras de milho e soja nos EUA são esperadas em 2015, apesar de chuvas excessivas no início da temporada que levantaram preocupações sobre
a produção final, de acordo com uma pesquisa conduzida pela corretora de mercadorias e empresa de análise Allendale. As produtividades médias
de milho são estimadas em 167,1 bushels por acre, com a produção total chegando a 13,548 bilhões de bushels, de acordo com os resultados da pesquisa. O
rendimento agrícola da soja foi estimado em 45,4 bushels por acre, com previsão de safra total em 3,791 bilhões de bushels. Se confirmada a previsão, essa
seria a segunda maior produtividade da história dos EUA para a soja e o milho. A Allendale contatou agricultores em 28 Estados entre 17 e 28 de agosto.
A Informa Economics, em seu levantamento mensal, estimou a produtividade média de milho nos EUA em 168,7 bushels por acre, com a produção total
chegando a 13,632 bilhões de bushels. Para a soja, o rendimento das lavouras norte-americanas foi estimado em 46,8 bushels por acre, com previsão de safra
total em 3,867 bilhões de bushels. O Departamento de Agricultura dos EUA projetou em agosto uma média de produtividade para o milho de 168,8 bushels
por acre e de 46,9 bushels por acre para a soja. O governo irá atualizar suas projeções de colheita em 11 de setembro. Os números sugerem que o próximo
relatório do USDA não deverá trazer grandes surpresa, junto num momento onde os fatores macroeconômicos atormentam os mercados de commodities
e os fundamentos sinalizam para oferta abundante.

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