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Boletim Pecuário Diário

Volume de negócios segue limitado
? Nesta quarta-feira, o volume de negócios no mercado físico do
boi gordo evolui de forma ainda limitado, mantendo a tônica
verificada nas últimas semanas. Ainda impera a cautela das
indústrias frigorificas, que aguardam uma sinalização mais clara
das vendas de carne bovina no mercado atacado/varejo para se
posicionarem mais claramente em relação aos seus processos de
compra. Se por um lado, a oferta de animais prontos para abater
tende a diminuir com o avanço da “entressafra do boi”, a demanda
claramente influenciada negativamente por uma conjuntura
econômica desfavorável, impede que os preços praticados no
mercado físico do boi gordo subam. A melhora relativa das
exportações e as ofertas de gado para abate mais restritas criam
a expectativa de preços mais firmes nas próximas semanas,
porém os ajustes positivos ainda deverão ser bastante limitados.
? Em SP, os poucos registros de negócios foram a R$146/@
com pagamento em 30 dias. A maior parte das plantas frigorificas
locais preencheram suas escalas com lotes oriundos de estados
vizinhos, como GO, MG e MT. Por outro lado, tal condição serviu
para a formação dos preços naqueles estados. Em MG e GO, os
preços da arroba subiram diante da maior dificuldade de compra
associada a necessidades mais urgentes para manter o nível
mínimo operacional das plantas locais. Em MT, o ambiente foi de
estabilidade de preços, com as indústrias frigorificas relatando
certa facilidade em estender suas escalas, sobretudo com o
aparecimento de ofertas de animais provindos de confinamentos.
No PR, os preços se mantiveram estáveis, mas com relatos
isolados de negócios a preços diferenciados dependendo do
tamanho dos lotes. No RS, os preços seguem fragilizados em
função da maior oferta de gado de pastagem de inverno. Nas
praças situadas no Norte do país, as escalas estão se encurtando.
Em TO, o ambiente é de preços mais firmes.
? No mercado atacado, a venda de carne bovina demonstrou
uma maior consistência conferindo firmeza aos preços dos
principais cortes. Ainda se mantém a expectativa de recuperação
das exportações neste meses finais de 2015. Segundo dados da
Secex, os embarques de carne bovina in natura totalizaram 89,3
mil toneladas em agosto, que resultou num fluxo médio diário de
embarque de 4,3 mil toneladas, com um avanço de 8,1% em
relação ao julho de 2015, mas ainda 18,4% abaixo do
desempenho similar ao embarcado em agosto/14.