Oferta de gado para abate se reduz
? A oferta de animais prontos para abate fica cada vez mais
enxuta, refletindo mais claramente o chamado período de
“entressafra do boi”. Ao mesmo tempo, as disponibilidades de
gado adquirido a termo ou provenientes de confinamentos próprios
das indústrias frigorificas parecem estar diminuindo, pelo menos
de imediato, gerando a necessidade de um posicionamento mais
agressivo destes agentes nas compras. Nestas condições o
mercado trabalha de forma muito ajustada, tornando-se altamente
sensível a qualquer mínima variação de demanda e oferta em
termos de variação de preços. Neste contexto, pôde-se observar
o aumento do número de relatos no mercado de crescentes
dificuldades enfrentadas pelos compradores. Esta condição
começa a estimular especulações de altas de preços no mercado
físico do boi gordo em futuro próximo.
? Em SP e MS, o mercado físico não apresentou grandes
novidades em relação a seu comportamento nos últimos dias, visto
que o volume de negócios segue bastante limitado. As escalas em
ambos os estados variam entre três a cinco dias, mas com lacunas
que muitas vezes permitem o “encaixe” de animais recém
adquiridos. As indústrias paulistas ainda se abastecem largamente
com animais adquiridos em outros estados. No MT e GO, as
ofertas de animais para abater se reduziram e os compradores
destacam particularmente a dificuldade de encontrar lotes de
maior porte. Em MG, os negócios evoluem lentamente, mantendo
o ambiente de estabilidade de preços. No PR e RS, os preços
estão mais firmes, sobretudo no mercado paranaense onde as
escalas atendem, no máximo, a quatro dias úteis. Na região Norte
do país a indústria frigorífica opera com escalas curtas e elevada
capacidade ociosa, o que as levou a pagar preços mais elevados.
? No mercado atacado da carne bovina, as vendas continuaram
fracas mesmo depois dos preços dos principais cortes cederem,
persistindo as dúvidas de se esta queda de preços no atacado está
se transferindo para os consumidores finais. O mercado ainda
parece contar com um aumento dos volumes exportados, que de
fato cresceram no acumulado das três primeiras semanas deste
mês de agosto. No período, foram embarcadas, em média, 4,3 mil
toneladas do produto in natura diariamente, 9,8% a mais que em
julho passado, mas 17,1% ainda abaixo do volume registrado em
agosto do ano passado, segundo dados da Secex.
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