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Boletim Pecuário Diário

Mercado dá sinais de firmeza de preços
? Nesta terça-feira, o mercado físico do boi registrou uma
modesta melhora no volume de negócios realizados, ainda que as
oscilações de preços se tenham mostradas modestas e isoladas.
Naquelas regiões onde o mercado físico começa dar sinais de
maior firmeza dos preços, este suporte para os preços advém da
maior atividade compradora por parte das indústrias frigorificas.
Parece também que a indústria frigorífica está alcançando maior
êxito em desovar os estoques acumulados nos últimos tempos, o
que a estimula a atuar na ponta compradora mais ativamente,
também parece que os estoques de gado próprio em
confinamento, já prontos para o abate, pelo menos
momentaneamente, estão diminuídos. Como a oferta de animais
terminados continua relativamente enxuta, os preços no mercado
físico do boi gordo tendem a se apresentar mais firmes.
? Nos estados de SP e MS, as ofertas de lotes terminados
seguem apertadas. No interior paulista, a maior parte das
indústrias frigoríficas ainda opta por adquirir lotes nos estados
vizinhos para tentar minimizar possíveis pressões de altas sobre
os preços. Nos estados de MT e GO, a presença de compradores
de outros estados tem dado suporte adicional aos preços locais. A
dinâmica dos negócios vem evoluindo mais positivamente
estimulada aparentemente por preços mais firmes. A exceção no
caso do MT foi a região norte do estado, onde as ofertas de gado
para abate, maiores, pressionaram os preços para baixo. No PR e
RS, o ambiente do mercado segue sendo de estabilidade de
preços em meio a um fluxo regular de negócios. Nas praças
situadas no Norte e Nordeste do país, os negócios também
seguem lentos. Os preços ficam firmes no TO e RO, onde
aparentemente os compradores começam a encontrar maiores
dificuldades para se abastecer.
? No mercado atacado da carne bovina, as vendas se mostram
regulares e, ainda conseguem dar suporte aos preços dos
principais cortes. O mercado parece contar com uma recuperação
dos volumes exportados, que de fato cresceram nestas duas
primeiras semanas de agosto, para enxugar mais a disponibilidade
no mercado interno e desta forma poder, pelo menos, manter o
nível de preços atual ao longo desta segunda quinzena do mês.
Nos dez primeiros dias úteis deste mês de agosto, foram
embarcadas, em média, diariamente 4,5 mil toneladas do produto
in natura, 15,5% a mais que em julho passado, mas ainda 12,7%
abaixo do volume registrado em agosto do ano passado, segundo
dados da Secex.