Bolsa de Chicago (CBOT)
Numa sessão de oscilações pontuais entre os campos positivo e negativo frente a um quadro de espera, os contratos futuros de soja
negociados na bolsa de Chicago encerraram a sessão com ligeiras altas. O vencimento setembro/15 fechou o dia com ganho diáriode 1,75
centavo de dólar, a US$9,27/bushel ao passo que a posição novembro/15, que serve de base para a formação dos preços da nova safra nos
EUA, terminou o dia com modesta alta de 0,50 centavos, cotado a US$9,17/bushel. Números da Farm Service Agency (FSA), um órgão do
USDA que detecta dados sobre área plantada nos EUA para indenização do seguro agrícola, revelou um desvio significativo na área
plantada com soja e milho nesta temporada 2015/16 em função das adversidades climáticas. Porém, as informações trouxeram pouca
influência sobre o comportamento do mercado, visto que o clima e a previsão meteorológicas para os próximos dias continuam favoráveis
ao bom desenvolvimento das lavouras de grãos ao passo que os agentes também estão atentos aos fatores macroeconômicos. Desta forma,
o dia foi fraco em termos de negócios, em compasso de espera de novidades.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os valores dos contratos futuros de soja negociados na BM&FBovespa registraram modestas variações no encerramento do pregão desta
segunda-feira. Os minis contratos de soja, atrelados diretamente ao comportamento da bolsa norte-americana, com vencimento em
setembro/15, encerrou o dia cotado a US$20,43/saca, com ganho de 0,20% ao passo que o vencimento maio/16 registrou alta de 0,05%, a
US$20,30/saca. No Brasil, num cenário de poucas novidades, os movimentos de alta foram essencialmente técnicos com o mercado da
oleaginosa acompanhando a modesta valorização verificada em Chicago, mas com os ganhos limitados pela fragilidade do dólar. O
mercado segue em compasso de espera em meio as perspectivas de condições climáticas mais amenas sobre as principais áreas
produtoras dos EUA e por fatores macroeconômicos que seguem ditando o comportamento cambial.
Dólar (US$)
O dólar encerrou o pregão desta segunda-feira, marcado pelo baixo volume de negócios, praticamente estável ante o real, após passar
toda a sessão flutuando ao sabor de operações pontuais, com investidores relutando em fazer grandes apostas em meio ao cenário de
incertezas políticas. O dólar recuou 0,02% e encerrou o dia cotado a R$ 3,4823 na venda. Na mínima da sessão, a divisa norte-americana
atingiu R$ 3,4612 e na máxima R$ 3,5063. A grave crise política no Brasil, que teve leve trégua na semana passada após a aproximação do
governo com o Senado, está deixando o mercado cauteloso. Investidores temem que golpes à credibilidade do país afastem capitais do
mercado brasileiro. Pela manhã, a moeda dos EUA chegou a mostrar alta relevante, acompanhando o movimento em outros mercado
em meio a expectativas de alta de juros nos Estados Unidos. Operadores vêm afirmando que parece cada vez mais claro que o Federal
Reserve, começará a elevar os juros em breve, com boa parte apostando no aumento já no mês que vem. Juros mais altos nos EUA podem
atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em países como o Brasil.
Mercado Interno
No Brasil, o mercado da soja começa a semana com baixa liquidez de negócios em função da fraca atuação de ambas as pontas do
mercado. Os produtores que ainda possuem lotes remanescentes vivem a expectativa de melhores oportunidade de venda, sobretudode
olho no comportamento do dólar no país e previsões meteorológicas para os dias que se seguem. A firmeza dos prêmios portuários e
presença ativa de algumas tradings exportadoras no mercado de lotes ainda tem dado suporte a formação de preços mais firmes, num
momento onde a oferta segue retraída. Neste contexto, os negócios com soja nos spot foram pontuais, dependendo de necessidade mais
urgentes entre os agentes. Nas principais zonas portuárias do país, houve registro de negócios até R$78,50/saca em Rio Grande ao passo
que nos demais terminais portuários a firmeza dos preços possibilitou a formação de valores apenas nominais. No interior do estado, as
variações foram distintas. Processadoras ainda buscam regular suas aquisições e dão preferência por acordos com pagamento mais
longos. Em relação as vendas antecipadas, estas continuaram pontuais. A queda no dólar deixou os compradores na defensiva e elevou
o spread entre os preços de compra e venda.
Comentários
Embarques de soja em grão perdem força na segunda semana de agosto em meio a problemas com excesso de chuvas nas principais
zonas portuárias do país. Na segunda semana de agosto, com cinco dias úteis (09 a 16), as exportações de soja em grão somaram 1,06
milhão de toneladas, contra 1,51 milhões de toneladas na primeira semana, que, por sua vez, resultou num acumulado para a primeira
quinzena do mês de 2,57 milhões de toneladas da oleaginosa. A exportação no período resultou um embarque médio diário de 257,1 mil
toneladas, que equivale a um volume 29,9% inferior ao mês passado, mas 31,1% superior aos embarques de agosto de 2014 inteiro.
Restando mais duas semanas para encerrar o mês de agosto, caso esse ritmo se mantenha, o Brasil pode embarcar o período escoando
próximo de 5,40 milhões de toneladas neste mês, atingindo um recorde para o período e superior aos 5,37 milhões de toneladas em agosto
do ano de 2013. Apesar da queda dos embarques frente ao mês passado, a boa demanda pelo produto nacional, favorecida inclusive pelo
câmbio, o elevado volume embarcado decorre, ainda, do atraso nas exportações nos primeiros quatro meses deste ano e forte
concentração dos compradores globais no país. De certa forma, as preocupações com o clima adverso nos EUA, os preços mais
competitivos do produto brasileiro e os elevados estoques na país com a conclusão da colheita também favorecem uma maior procura
pela commodity no Brasil. A prova do interesse pela soja brasileira se reflete nos diferenciais pagos nos portos. Compradores estão
oferecendo atualmente prêmio 100 centavos de dólar por bushel, contra oferta de 50 centavos a um mês atrás. Em 2015, a exportação de
soja deverá fechar com embarques recordes no país, de 50 milhões de toneladas, ante 45,7 milhões em 2014, tendo embarcado entre janeiro
até primeira quinzena de agosto de 2015 em 43,26 milhões de toneladas.
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