Bolsa de Chicago (CBOT)
Os contratos futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago registraram ganhos no encerramento da sessão desta quinta-feira em meio a movimentos
de compras de oportunidade após as perdas acentuadas no dia anterior. O milho para com vencimento em setembro/15 encerrou em alta de 6,50 centavos
de dólar, a US$3,63¾/bushel, ao passo que a posição dezembro/15 registrou ganho diário de 7,25 centavos, a US$3,75¼/bushel. Assim como no mercado da
soja, o mercado do cereal buscou certa recuperação com base em movimentação essencialmente técnica. De certa forma, as previsões climáticas para os
próximos dias no Meio Oeste dos EUA se mostram favoráveis para o bom desenvolvimento das lavouras ao mesmo tempo em que os relatório semanais
de vendas externas tem frustrados os agentes ao apresentar menor desempenho. Mesmo assim, os movimentos embasados em compras de barganha
remete o ambiente mais calmo nos mercados financeiros, sobretudo com relação a saúde econômica da China.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os contratos futuros de milho negociados na BMF&Bovespa registraram ganhos pontuais no encerramento da sessão desta quinta-feira, acompanhando
o movimento de recuperação das baixas acentuadas no cenário internacional. O vencimento setembro/2015, o qual baliza os contratos com lotes da
segunda safra brasileira encerrou o dia cotado a R$28,18/saca, com modesta valorização de 0,07% em relação ao fechamento da sessão anterior, ao passo
que o vencimento janeiro/16, registrou alta de 1,34%, a R$31,06/saca. A firmeza da paridade em função das altas do dólar frente ao real associada a
recuperação dos preços no exterior do cereal possibilitaram um ambiente propicio a movimentos de compras de oportunidade. Mesmo assim, os
movimentos foram limitados pela menor liquidez no físico.
Dólar (US$)
O dólar fechou com alta nesta quinta-feira, voltando ao patamar de R$3,50, ao acompanhar o avanço da moeda norte-americana nos mercados externos e
por apreensão com a cena política local. A moeda norte-americana subiu 1,13%, a R$3,5137 na venda, maior nível desde o último dia 6, quando foi a
R$3,5374. Na máxima do dia, chegou a R$3,5295. Moedas de países emergentes também perderam terreno nesta sessão. Nos mercados externos, a
desvalorização do iuan continuava no centro das atenções, mesmo após os esforços do banco central chinês para trazer ao alívio aos mercados financeiros
ao afirmar que não há motivo para o iuan cair mais por conta dos fortes fundamentos econômicos do país. A percepção de que há grandes chances de o
Federal Reserve, banco central norte-americano, elevar os juros já no mês que vem, também pesou sobre o câmbio. Juros mais altos nos EUA podem atrair
para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em países como o Brasil. O impacto da questão externa foi intensificado, no Brasil, pelo
quadro político conturbado. No fim da manhã, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a analisar o agravo proposto pelo PSDB pela continuidade de
uma ação que pede a cassação da presidente Dilma Rousseff por suposto abuso de poder na campanha eleitoral do ano passado. A análise do agravo foi
suspensa quando o placar marcava 2 votos a 1 pela continuidade do processo. Ainda não há data para a continuidade do julgamento. Com isso, o mercado
voltou a ficar mais na defensiva após dois dias de alívio provocados pela aproximação da presidente Dilma com o presidente do Senado Federal, Renan
Calheiros (PMDB-AL). Na véspera, Dilma ganhou mais quinze dias para responder a questionamentos do Tribunal do Contas da União (TCU) sobre as
contas do governo de 2014, questão que sustenta especulações sobre eventual impeachment da presidente.
Mercado Interno
Nesta quinta-feira, a semelhança do dia anterior, o fluxo de comercialização de milho no Brasil seguiu esparso. Com a colheita entrando em sua etapa final,
estoques abundantes e volumes elevados de contratos à termo para receber, a dinâmica no mercado físico ainda é pouco expressiva. De certa forma, ainda
nota-se a presença ativa de tradings nos negócios pela necessidade de cobertura de alguns carregamentos. Em algumas praças produtoras e
comercializadoras de milho de segunda época, as indicações de preço para exportação estão superiores aos valores oferecidos pelo comprador do mercado
nacional. No Paraná, por exemplo, exportadores chegaram a fixar negócios até R$24,00/saca com prazo de pagamento de 30 dias na região oeste, ao passo
que em Goiás, tradings ofereciam até R$22,00/saca com pagamento no final de setembro na região leste do estado. Nestas mesmas praças, as indicações
de compra dos agentes do mercado interno eram de R$22,50/saca e R$20,00/saca, respectivamente. Abastecidos, os demandantes do mercado domésticos
seguem na busca por efetivar novos negócios a valores mais baixos, sobretudo com o pico colheita da segunda safra. Neste contexto, as operações no
mercado disponível variaram muito entre as principais localidades do país. No Sul, preços firmes em função da maior atuação de indústrias gaúchas e
catarinenses. No Sudeste, a entrada de lotes do Centro-Oeste e a colheita da segunda safra aliviaram a pressão altista em função da menor oferta de lotes
de verão. No Centro-Oeste, mercado calmo nos spot, com foco nas vendas da safrinha de 2016. Nas zonas portuárias do país, houve indicações de preço
entre R$29,00/saca e R$30,00/saca para pagamento e entrega em setembro e outubro de 2015.
Comentários
De acordo com o relatório semanal do USDA, o saldo líquido da vendas de milho dos EUA para exportação da safra velha ficaram em 29,2 mil toneladas
do grão até a semana encerrada no dia 6 de agosto. Na semana anterior, o resultado havia totalizado um saldo negativo de 2,7 mil toneladas em meio a
movimentos de cancelamentos de contratos em função de ofertas abundantes a preços mais baratos no Brasil e Argentina. A Coréia do Sul foi a principal
compradora do produto norte-americano, na semana, adquirindo 108,4 mil toneladas. O resultado das vendas semanais norte-americanas pouco serviu
para elevar o acumulado da temporada 2014/15, agora em para 47,16 milhões de toneladas de milho. Em igual período da safra 2013/14, o volume
comercializado era de 48,62 milhões de toneladas. Para o ciclo 2014/15, a USDA estimou a exportação de milho para os EUA em 47 milhões toneladas,
contra 48,7 milhões em 2013/14. Enquanto espera-se elevação das exportações dos EUA de milho em função dos elevados estoques, mesmo frente a um
quadro de possíveis perdas de produtividade em suas lavouras 2015/16, o aumento da participação de outros grandes exportadores como Brasil, Ucrânia
e Argentina deverá acirrar a competição pelo mercado externo. Os elevados estoques do grão entre os maiores importadores também deverá diminuir o
fluxo de compra e venda de milho no cenário internacional. Para a safra 2015/16, foram comercializadas 501,9 mil toneladas, contra 443,3 mil toneladas
negociadas na semana anterior, número que se mostrou dentro das expectativas do mercado, entre 400 e 600 mil toneladas.
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