A crescente produção de energia elétrica através da palha de cana-de-açúcar e da biomassa é uma das alternativas à crise no setor energético apresentadas nesta semana durante a Feira de Agronegócio Coopercitrus Sicoob Credicitrus (Feacoop), em Bebedouro (SP). O evento ocorre até quinta-feira (6) e reúne mais de 160 expositores em 125 metros quadrados da Estação Experimental de Citricultura.
Com a chegada do período de seca no começo do segundo semestre deste ano, a feira é uma oportunidade para produtores rurais terem contato com novidades do setor, preparadas pelas cooperativas.
É possível ter acesso a demonstrações e comercialização de tecnologias em agricultura de precisão e novas tendências de mercado, como o recolhimento da palha da cana para a produção de energia renovável e sustentável.
De acordo com o produtor rural Antônio Fernando Titoto, a palha da cana-de-açúcar tem quase duas vezes mais capacidade calorífica do que o bagaço da cana, e sua geração de energia elétrica abasteceria cerca de dez casas durante 24 horas. “Para retirar a palha do canavial nós contávamos mais com o benefício agronômico. Depois com a escassez de energia surgiu esse mercado de combustível para caldeira. A palha além de sair do canavial deixando o benefício agronômico, também gera um pouco de renda e serve no processo de cogeração de energia”.
O gerente de negócios Danilo Gutierrez conta que começou a investir neste tipo de produção em 2003 e a partir de 2011 ampliou a oferta devido à implantação de novas termoelétricas. “O poder calorífico da palha é 70% maior que a do bagaço. Esse fator está aliado principalmente à umidade, já que a palha tem uma quantidade de água muito menor que a do bagaço, e proporciona uma quantidade de energia bem maior”.
O presidente da Cooperativa de Produtores Rurais (Coopercitrus), José Vicente da Silva, diz que essa nova geração de energia tem um peso grande no setor sucroenergético, pois as usinas aumentam sua geração de energia e isso facilita o trabalho do produtor.
“A palha em excesso na lavoura é prejudicial, dificulta a plantação e também ocasiona doenças para o canavial. Retirando parte dessa palha, ela agrega valor ao negócio, traz melhorias na produtividade, o produtor gasta menos com defensivos agrícolas e pode gerar ainda um ganho em torno de R$ 30 por tonelada de palha retirada”.
Fonte: G1
16 3626-0029 / 98185-4639 / contato@assovale.com.br
Criação de sites GS3