Bolsa de Chicago (CBOT)
Depois de operar a maior parte do dia em território negativo, os contratos futuros de milho negociados em Chicago encerraram a sessão desta quarta-feira com pequenas variações positivas. O vencimento setembro/15 registrou modesto ganho de 1,25 centavo de dólar, a US$4,29½/bushel, ao passo que o vencimento dezembro/15 registrou alta de 1,50 centavo, a US$4,40¼/bushel. Numa semana de condições climáticas mais amenas sobre o Meio Oeste norteamericano e um dólar mais forte frente às demais moedas globais, os agentes do mercado ainda optaram por embolsar lucros e liquidar posições. Porém, num quadro de sobrevenda, alguns decidiram por recompor suas carteiras em meio a compras de oportunidade, principalmente depois de informações meteorológicas apontar maiores incidência de chuvas sobre o Corn Belt, nos próximo dias. De certa forma, o comportamento climático nos EUA tem sido a principal variável aos preços do cereal em Chicago. A redução no excesso de umidade no Meio Oeste deverá ocorrer a partir do dia 25 de julho, o que deverá favorecer as lavouras do cereal. Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os contratos futuros de milho negociados na BMF&Bovespa ampliaram as perdas ao encerrara a sessão desta quarta-feira do lado negativo da tabela. O vencimento setembro/2015, o qual baliza os contratos com lotes da segunda safra brasileira encerrou o dia cotado a R$27,71/saca, com queda de 0,65% em relação ao fechamento da sessão anterior, ao passo que o vencimento janeiro/16, registrou baixa de 0,33%, a R$29,93/saca. A fragilidade dólar frente a moeda brasileira tem gerado impactos negativos na paridade de exportação e promovido movimentos de liquidação de posições na bolsa brasileira. Mesmo assim, as quedas passaram a ser limitadas pela firmeza dos preços para os contratos a termo visando mercado externo, visto que as expectativas para os embarques deverão ser recordes nesta safra. Dólar (US$)
O dólar fechou em leve queda em relação ao real nesta terça-feira, com operadores citando entradas pontuais de divisas para se beneficiar dos juros brasileiros tendo seu efeito ampliado pela baixa liquidez no mercado local. A moeda norte-americana recuou 0,08%, a R$3,136 na venda. O movimento no mercado local foi dissociado dos mercados externos, onde o dólar avançava cerca de 0,5% contra uma cesta de divisas, diante de expectativas de altas de juros nos EUA neste ano. A liquidez limitada pode ser percebida no giro financeiro baixo no mercado futuro de câmbio. As entradas na parte da tarde levaram a moeda norte-americana a anular a alta vista mais cedo, quando chegou a atingir R$3,1669 na máxima da sessão, após a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, afirmar que o banco central norte-americano continua na trajetória de elevar os juros neste ano. As declarações foram corroboradas pelo avanço de 0,4% dos preços ao produtor nos EUA, acima das expectativas de alta de 0,2%. O Fed tem afirmado que quer ver sinais consistentes de que a inflação está acelerando em direção à meta de 2% para dar início ao aperto monetário. Investidores também mantiveram no radar a questão da Grécia. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, luta nesta quarta-feira para obter a aprovação de parlamentares ao acordo de resgate para manter a Grécia no euro, enquanto os credores do país, pressionados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para que ofereçam um alívio da dívida, enfrentavam dificuldades para concordar com uma tábua de salvação financeira. Mercado Interno
No Brasil, as comercializações continuaram esparsas, evoluindo de forma cadenciada pela fraca atuação de ambas as pontas do mercado. As ofertas de produto para venda ainda permanecem controladas devido aos temores relacionados a perda de qualidade das lavouras de milho de segunda safra em algumas regiões produtoras em função do excesso de chuvas. Em regiões importantes do Paraná e Mato Grosso do Sul já há relatos isolados de incidência de grão ardido e de baixo padrão. Ao mesmo tempo, tradings limitaram suas aquisições de olho na volatilidade da paridade de exportação impactada pelo comportamento cambial. Neste contexto, o dia foi de poucas oscilações de preço, num ambiente onde predominou a estabilidade de preço em função da ausência de fixação de negócios em volumes mais abundantes. Os reportes de acordos ocorreram em algumas regiões do interior gaúcho e paulista, onde o mercado dispõe de poucos lotes remanescentes da safra velha. A demanda do setor de proteína animal, sobretudo frango e suíno, tem dado suporte ao consumo nestas regiões, embora os agentes também estejam cautelosos em seus processos de compra à espera do pico da colheita em todo o país, quando os preços deverão se mostrar mais fracos. Por outro lado, com o aquecimento das exportações frente ao elevado número de contratos a termo para o período de agosto a outubro, as baixas deverão ser minimizadas e gerar melhores oportunidades de comercialização da safrinha. Comentários
Nesta semana, em notícia veiculada pela Agencia Reuters, o governo da Argentina autorizou a exportação de 4 milhões de toneladas de milho, que serão adicionadas às 11,5 milhões de toneladas previamente autorizadas, disse o Ministro da Economia, Axel Kicillof. O país sul-americano é um dos principais exportadores de trigo e milho, mas as autoridades têm restringido os envios ao exterior para garantir o abastecimento doméstico a preços razoáveis, uma política que, segundo os produtores, corrói a rentabilidade do setor e desestimula o cultivo do grão. "Uma vez que se esgota o total de licenças outorgadas se abre uma extensão adicional de novas licenças. (...) Agora venho anunciar 4 milhões de toneladas de milho", assinalou Kicillof em uma coletiva de imprensa, após se reunir com produtores agropecuários de pequeno porte. O secretário de Comércio da Argentina havia dito na segunda-feira à Reuters que o governo autorizaria no curto prazo a exportação de cerca de 7 milhões de toneladas de milho 2014/15. Os agricultores argentinos estão colhendo atualmente uma safra que deve chegar a 31 milhões de toneladas de milho, de acordo com dados oficiais. Kicillof também anunciou a ampliação de um plano de estímulos para impulsionar a produção de pequenos agricultores do país, em um momento que os baixos preços globais do grão e os altos custos prejudicam o negócio. A projeção do USDA para os embarques de milho para a Argentina para a temporada 2014/15 é de 15,5 milhões de toneladas, em linha com o montante previsto pelos órgãos oficiais.
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