Bolsa de Chicago (CBOT)
Os futuros de soja negociados na bolsa de Chicago encerraram a sessão desta quarta-feira em campo negativo, dando sequência aos movimentos de liquidação e realização de lucro verificado no dia anterior. Por outro lado, na etapa final da sessão, as perdas foram limitadas por compras de oportunidade em função da firmeza dos preços do farelo de soja, o que fez com que os vencimentos fechassem distantes das mínimas registradas ao longo dos negócios. O vencimento agosto/15 fechou o dia com perda de 8,50 centavos, a US$10,25/bushel, depois de chegar a um piso de US$10,14/bushel. A posição novembro/15, que serve de base para a formação dos preços da nova safra nos EUA, terminou com recuo diário de 9 centavos, cotado ao final do dia a US$10,16/bushel, após chegar a US$10,05/bushel. Como nos últimos pregões, mais um dia de forte volatilidade em função dos fatores climáticos assim como pelas questões relacionadas ao mercado financeiro, as quais ditam o comportamento do dólar frente às demais moedas globais e gera impactos nos futuros da commodity. Basicamente, os movimentos do dia tiveram caráter técnico, visto que o mercado necessita de novidades que possam desencadear efeitos mais claros no viés mercadológico. Os números de esmagamento nos EUA e a firmeza dos preços dos futuros do farelo de soja limitaram as perdas.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os preços dos contratos futuros de soja negociados na BM&FBovespa encerraram mais uma sessão com perdas, acompanhando a desvalorização da commodity no mercado internacionais. Os minis contratos de soja, atrelados diretamente ao comportamento da bolsa norte-americana, com vencimento em agosto/15, encerrou o dia cotado a US$22,60/saca, com recuo de 0,79% e o com vencimento maio/16 registrou baixa de 0,76%, a US$22,25/saca. Basicamente, os movimentos de baixa foram ocasionados por liquidação de posições e realização de lucro após os ganhos acumulados nos últimos pregões. O mercado segue em compasso de espera de novidades com relação ao clima. Dólar (US$)
O dólar fechou em leve queda em relação ao real nesta terça-feira, com operadores citando entradas pontuais de divisas para se beneficiar dos juros brasileiros tendo seu efeito ampliado pela baixa liquidez no mercado local. A moeda norte-americana recuou 0,08%, a R$3,136 na venda. O movimento no mercado local foi dissociado dos mercados externos, onde o dólar avançava cerca de 0,5% contra uma cesta de divisas, diante de expectativas de altas de juros nos EUA neste ano. A liquidez limitada pode ser percebida no giro financeiro baixo no mercado futuro de câmbio. As entradas na parte da tarde levaram a moeda norte-americana a anular a alta vista mais cedo, quando chegou a atingir R$3,1669 na máxima da sessão, após a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, afirmar que o banco central norte-americano continua na trajetória de elevar os juros neste ano. As declarações foram corroboradas pelo avanço de 0,4% dos preços ao produtor nos EUA, acima das expectativas de alta de 0,2%. O Fed tem afirmado que quer ver sinais consistentes de que a inflação está acelerando em direção à meta de 2% para dar início ao aperto monetário. Investidores também mantiveram no radar a questão da Grécia. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, luta nesta quarta-feira para obter a aprovação de parlamentares ao acordo de resgate para manter a Grécia no euro, enquanto os credores do país, pressionados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para que ofereçam um alívio da dívida, enfrentavam dificuldades para concordar com uma tábua de salvação financeira. Mercado Interno
No Brasil, os preços da oleaginosa no mercado físico não fecharam o dia com uma direção comum, visto que a fluxo de negócios assim como as indicações de compra dependeram muito mais das condições particulares de oferta e demanda de cada região que a condições de paridade. O dólar fechou próximo da estabilidade e com Chicago negativa, em algumas praças, a paridade mais baixa pressionou as cotações, mas nestas não houve efetivações. Por outro lado, nas principais zonas portuárias, o destaque ficou sobre os prêmios, que recentemente também registraram boas altas, por caracterizar a consistência da demanda pelo grão para exportação. Assim, em Paranaguá, a soja disponível se manteve nos R$73,00/saca, enquanto em Rio Grande foi registrado negócios entre R$74,50/saca e R$75,00/saca. Já para a safra nova, o preço em Paranaguá manteve-se em R$74,50/saca, enquanto no gaúcho ainda foram negociados a R$76,00/saca. No interior do país, em algumas praças produtoras e comercializadoras, o preços oscilaram. Naquelas onde verificou altas, a necessidade de cobertura de posições de alguns compradores criou um ambiente de firmeza. Tradings buscaram efetivar mais alguns negócios com lotes disponíveis, mas já sentem dificuldade de compra em função da sobrevenda. Comentários
As margens de esmagamentos positivas manteve estimulado o processamento de soja no mês passado. De acordo com o relatório mensal da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA (NOPA em inglês), divulgado nesta semana, o esmagamento norte-americano de soja em grão segue elevado, o que demonstra um movimento atípico para o período do ano naquele país. A NOPA apontou que seus membros processaram 3,88 milhões de toneladas de soja em junho, um salto de 20% ante o mesmo mês do ano anterior. Trata-se do mais novo recorde para o período, superando junho de 2007, quando se havia esmagado 3,85 milhões de toneladas. De certa forma, o volume se mostrou superior as expectativas dos agentes do mercado, de 3,85 milhões de toneladas. Com os futuros do farelo de soja em Chicago tendo registrado uma valorização de 17,6% em junho, plantas industrias mantiveram elevadas os níveis de esmagamento. No acumulado da safra 2014/15 até junho, iniciada nos EUA em outubro de 2014 e com termino em setembro de 2015, o esmagamento de soja já soma um recorde de 38,06 milhões de toneladas, 6% superior a safra passada. Neste contexto, o USDA chegou a elevar, novamente, sua estimativa de processamento nos EUA para a temporada em curso, de 49,4 milhões para um recorde de 49,8 milhões de toneladas, com crescimento de 5,5% frente a safra 2013/14. A firme demanda por farelo de soja para exportação também incentivou a manutenção de um fluxo elevado de processamento. A associação disse que no mês de junho, os embarques de farelo de soja totalizaram 596,57 mil de toneladas, contra 388,11 mil toneladas em igual período do ano anterior e o maior já registrado no período. O aumento do esmagamento nos EUA não elevou os estoques de óleo de soja no país, que cederam em junho para 1,574 bilhão de libras, contra 1,578 bilhão em maio. Os estoques de óleo em solo americano estão abaixo do mesmo período do ano passado, quando estavam em 1,847 bilhão de libras. NOPA é o maior grupo de comércio dos EUA para processadoras de oleaginosas.
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