Bolsa de Chicago (CBOT)
Os contratos futuros de milho negociados em Chicago registraram perdas generalizadas no encerramento da sessão desta terça-feira num movimento de realização de lucro e vendas de oportunidades. O vencimento julho/15 registrou ajuste negativo de 9,50 centavos de dólar, a US$4,24/bushel, ao passo que o vencimento setembro/15 registrou perda diária de 12,50 centavos, a US$4,28¼/bushel. Os movimentos do dia foram puramente técnicos, visto que os preços do cereal haviam alcançados seus máximas de mais de meses. A falta de novidade nos números de acompanhamento de safra do USDA trouxe alivio ao passo que diminuiu a pressão altista sobre os preços do cereal, desencadeando um fluxo de vendas especulativas. Por outro lado, os agentes do mercado permanecem acompanhando o comportamento do clima sobre as principais regiões produtoras de milho dos EUA. Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os contratos futuros de milho negociados na BMF&Bovespa registraram perdas acentuadas nesta terça-feira em meio a um forte movimento de realização de lucro e vendas especulativas. O vencimento setembro/2015, o qual baliza os contratos com lotes da segunda safra brasileira encerrou o dia cotado a R$27,89/saca, com queda de 2,28% em relação ao fechamento da sessão anterior, ao passo que o vencimento janeiro/16, registrou baixa de 0,96%, a R$30,03/saca. As oscilações cambiais associada aos movimentos de desvalorização do cereal no mercado externo geraram impactos negativos na paridade de exportação. Dólar (US$)
O dólar fechou em leve alta em relação ao real nesta terça-feira, com investidores aproveitando para comprar divisas após dois dias de quedas que somaram mais de 3%, mas números fracos sobre a economia norte-americana limitaram o avanço. A moeda norte-americana subiu 0,25%, a R$3,1385 na venda, após perder 3,24% nas duas sessões anteriores. A moeda dos EUA recuou firmemente nos últimos dias, reagindo ao acordo entre a Grécia e seus credores que deve manter o país na zona do euro e, na véspera, a um fluxo de entrada relacionado a exportadores. Nesta sessão, a divisa chegou a dar continuidade ao movimento, embalada por apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode postergar o aumento dos juros diante de dados econômicos fracos. As vendas no varejo norte-americano recuaram 0,3% no mês passado, resultado mais fraco desde fevereiro. A continuidade dos juros baixos nos EUA manteria a atratividade de ativos de outros países, atraindo recursos para o Brasil. Nesse contexto, o dólar chegou a recuar a R$3,1118 na mínima do dia, logo após a divulgação dos dados, mas o movimento perdeu ímpeto ao longo da sessão, tanto aqui quanto nos mercados externos. Os mercados financeiros têm apontado que a alta de juros nos EUA deve acontecer até o fim deste ano, embora alguns apostem que virá apenas no ano que vem enquanto outros têm mantido suas previsões de que o aperto monetário começará em setembro. Internamente, o mercado continuou concentrado nas discussões sobre eventuais mudanças nas metas fiscais do governo brasileiro. A decepção com a arrecadação nos últimos meses, em meio à forte desaceleração econômica, tem alimentado expectativas de que o governo pode ser obrigado a entregar um superávit primário menor que o anunciado previamente. Mercado Interno
No Brasil, as oscilações na paridade de exportação e o excesso de umidade em algumas importantes regiões produtoras de milho safrinha continuaram a prejudicar a movimentação de negócios. A liquidez é pontual em função preocupação de alguns produtores com relação as fortes chuvas, as quais deverão prejudicar a qualidade do grão colhido. Na região oeste do Paraná, em São Paulo e no sul do Mato Grosso do Sul, o clima umidade paralisou os trabalhos de colheita. Neste contexto, as vendas no disponível assim como visando lotes com entrega futura foram esparsas. Do lado da tradings, os agentes ficaram atentos as variações cambiais para sinalizar preços de compra. As condições de preço ainda demonstram boas margens de venda aos agricultores, os quais ainda buscam garantir algumas efetivações. Nos estados do Centro-Oeste do país, as vendas antecipadas com lotes para entrega entre agosto e setembro de 2016 da segunda safra já apresentam um índice de comercialização entre 5% e 6%, número nunca visto para esta época. De volta ao disponível, o mercado ainda opera com uma certa estabilidade de preço, visto que os recuos continuam pontuais. Apesar da cautela dos exportadores, estes ainda tem presença ativa nos negócios. Os compradores do mercado interno tem limitado suas aquisições ao mínimo necessário para não perder mão de seus estoques. Comentários
Apesar de perspectivas mais amenas, o excesso de umidade nos EUA ainda provoca preocupações com relação ao desenvolvimento das lavouras de milho. O excesso de água no solo afeta de maneira negativa a fixação de nutrientes pelas plantas elevando os temores relacionados ao potencial produtivo das lavouras. Dados oficiais de entidades meteorológicas ligadas ao governo dos EUA sinalizaram que as previsões para os próximos dias ainda mostram uma manutenção das precipitações chegando a estados produtores do Meio Oeste, onde o milho já necessitam de um tempo mais seco e com maior luminosidade. De acordo com o relatório de acompanhamento de safra do USDA, publicado na tarde desta segunda-feira (13), lavouras consideradas em condições boas e excelentes perfazem agora 69% da área total semeada, mesmo número da semana passada. Porém, em igual período do ano passado, este índice era de 76%. Por sua vez, as áreas ranqueadas em condições ruim e muito ruim representam 9%, contra 8% na semana anterior e 5% em igual período do ano passado. Por enquanto, os agentes do mercado evitam diagnosticar uma quebra no potencial produtivo das lavouras de milho dos EUA, porém, dados verificados até o momento demonstram que os rendimentos ficarão abaixo dos verificados no ciclo passado e aumenta a preocupação com as lavouras de trigo nos EUA e Canadá, condição que deverá impulsionar os preços do milho. No último relatório de oferta e demanda do USDA, o USDA chegou a cortar a projeção para a produção norte-americana do cereal.
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