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Cana-de-Açúcar: Em busca de produtividade | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Cana-de-Açúcar: Em busca de produtividade

Canas transgênica, com mais açúcar e com tolerância à seca, são apostas do setor sucroenergético para elevar competitividade
O setor sucroenergético está no caminho certo, mas ainda deve ser feito muito esforço para que haja rentabilidade e competitividade. Além de medidas de política pública, o setor deverá trabalhar fortemente em inovação.
Essa a avaliação de Luís Roberto Pogetti, presidente do Conselho Deliberativo da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar).
Ele enxerga uma certa recuperação já neste ano, com uma participação maior do etanol na demanda de combustíveis. Mas esse cenário não é ainda suficiente para uma mudança da lógica do "não investimento" no setor.
"Estamos tentando fazer uma revolução para acelerar o processo de diversas linhas de pesquisa que levam à inovação tecnológica e à ampliação da competitividade."
São projetos lentos, nos quais a indústria coloca "um bom dinheiro". Na composição com o BNDES, será R$ 1 bilhão em cinco anos, diz ele.
A cana ainda tem muito a oferecer. Ela teve ganho de produtividade de 20% em 20 anos. O milho teve 70%.
As principais linhas atuais de pesquisa incluem três projetos. O mais maduro é o da cana Bt (transgênica). O segundo é o de aumentar o açúcar na cana --talvez para 2020. E o terceiro visa a busca de uma cana com tolerância à seca, para depois de 2020.
A diretriz de pesquisa do conselho de administração do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) é avançar com a biotecnologia, com a "hibridação" para a busca da "cana regional campeã" e com o etanol de segunda geração.
Com esses avanços, o setor poderá obter bom aumento de produtividade. A cana já rende 30 mil litros por hectare em laboratório, bem acima dos atuais 7.000 litros no campo. "É potencial, mas buscamos algo mais real. Uma produtividade de 20 mil litros em dez anos e de 10 mil em cinco."
Mas o ganho de produtividade tem de vir acompanhado de uma visibilidade de longo prazo, como uma definição clara do papel do etanol na matriz energética.
Além disso, o etanol é o caminho mais barato e mais efetivo para melhorias nas questões ambientais. Mas há um custo. A sociedade deve escolher se vai pagar a prazo, mais barato. Ou se vai pagar a conta toda de uma vez, via um desastre, segundo Pogetti.
Com relação ao açúcar, o presidente do conselho diz que o país tem de cuidar para que os mercados não se fechem, devido à criação de subsídios. Se não for feito nada agora, não haverá um processo de inibição.
A missão de Pogetti no conselho da Unica não se limita à busca de diretrizes para etanol, açúcar e bioeletricidade. Também é coordenar agendas dos diversos setores que compõem a Unica atualmente. Vão de tradings, produtores de cana, de etanol e de açúcar a distribuidores e revendedores de combustíveis.
Como administrar tantos interesses? "Temos uma convenção: a Unica só pode atuar em assuntos de interesse comum. Meu papel é criar uma pauta alinhada com a visão estratégica do setor e fazer com que ela esteja harmonizada com os associados", diz ele. Um assunto que tenha potencial conflito, e não seja acomodado no interesse comum, é excluído da pauta.
A crise no setor trouxe algumas lições de casa. Há uma conscientização da necessidade da competitividade, o que faz com que o setor pague mais pelo material genético a ser utilizado no campo e gaste menos com insumos. Antes, agia-se de forma diferente, diz Pogetti.
Hoje, a visão é de longo prazo, o que inibe um pouco o investimento emocional. Não adianta crescer de forma desordenada e depois administrar um problema, diz ele.
Nos dias 6 e 7, a Unica promove encontro, em São Paulo, para discutir temas relacionados a produtos e energias renováveis oriundos da cana-de-açúcar (Folha de S.Paulo, 4/7/15).

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