Bolsa de Chicago (CBOT)
Os contratos futuros de milho negociados em Chicago deram continuidade as altas e encerraram a sessão desta quinta-feira ganhos generalizados. Numa sessão encurtada pelo feriado prolongado nos EUA, a manutenção dos movimentos de compra de oportunidade que manteve as altas foram ocasionados por fatores técnicos. Porém, a firmeza do mercado se fundamentou nas condições adversas nas lavouras de milho dos EUA em função do clima chuvoso no Meio Oeste, onde aumentam-se as perspectivas de deterioração da qualidade das plantações. Além dos impactos do clima, os ganhos também refletiram o maior desempenho das exportações norte-americanas assim como a depreciação do dólar frente às demais moedas globais, condição que colabora para um maior fluxo de embarque no país. Neste contexto, o vencimento julho/15 registrou ganho diário de 6,0 centavos de dólar, a US$4,19¾/bushel, assim como o vencimento setembro/15 que também registrou alta de 6,0 centavos em relação a sessão passada, a US$4,28½/bushel, com todos contratos se mantendo acima da barreira psicológica de US$4/bushel, condição que não era observada desde dezembro de 2014. Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os contratos futuros de milho negociados na BMF&Bovespa encerraram a sessão desta quinta-feira com variações mistas. O contrato com vencimento setembro/2015, o qual baliza os contratos com lotes da segunda safra brasileira encerrou o dia cotado a R$28,28/saca, com modesto ajuste negativo de 0,02% em relação ao fechamento da sessão anterior em meio a movimentos puramente técnicos. Já o vencimento janeiro/16, registrou modesta alta de 0,22%, a R$29,72/saca. Embora a taxa cambial tenha registrado queda em meio a fatores macroeconômicos, a firmeza dos preços internacionais do cereal ainda tem dado suporte aos futuros do milho no Brasil. As expectativas de grandes embarques no segundo semestre de 2015 tem ganhando maior repercussão. Dólar (US$)
O dólar fechou com a maior queda em relação ao real em dois meses e meio nesta quinta-feira, acompanhando o movimento da divisa em outros mercados de câmbio após dados mais fracos que o esperado sobre o mercado de trabalho dos EUA alimentarem expectativas de que os juros podem não subir tão cedo por lá. A moeda norte-americana caiu 1,56%, a R$3,096 na venda, maior queda desde 14 de abril, quando recuou 1,97%. A divisa também recuava contra moedas como o euro e os pesos chileno e mexicano. Segundo relatório do governo dos EUA, a criação de vagas de trabalho desacelerou em junho e os norte-americanos deixaram a força de trabalho em massa. Além disso, a renda média por hora ficou inalterada, tirando alguma força da percepção de que a inflação, hoje baixa, caminha para a meta do Federal Reserve, banco central norte-americano. A manutenção dos juros baixos nos EUA sustentaria a atratividade de ativos de países como o Brasil, que pagam rendimentos maiores. O mercado também continuou monitorando os desdobramentos da crise envolvendo a dívida da Grécia, a poucos dias de um referendo no fim de semana que pode decidir o futuro do país na zona do euro. De maneira geral, operadores avaliam que o eventual impacto no Brasil de uma saída do país do bloco monetário seria pequeno. Mercado Interno
No Brasil, as fortes perdas apuradas no câmbio acabaram limitando qualquer revolução mais significativa das cotações do milho, fator que afetou tanto compradores como vendedores. Por outro lado a paridade ainda foi sustentada pela firmeza dos preços internacionais do milho, visto que mesmo diante de um dólar mais fraco frente ao real, os preços nas principais zonas portuárias do país ainda variaram entre R$30,00/saca e R$31,00/saca, para entrega e pagamento entre os meses de setembro e novembro de 2015. O destaque do dia vai para algumas praças situadas nos estados de GO e MT, onde a presença dos exportadores se mantem ativa. Estima-se que em algumas regiões, os produtores já venderam quase 80% da segunda safra em função dos preços remuneradores e bons rendimentos. Nestas regiões, a dinâmica dos negócios começa a ficar mais esparsa. Nas regiões Sul e Sudeste, o mercado ainda registrou fluxo de negócios, mas em ritmo bem mais lento em comparação ao dia anterior. Em algumas praças do PR e SP, as chuvas atrapalharam a colheita e os vendedores ficaram mais ausentes dos negócios. Em relação aos preços, as condições ainda apontam firmeza, visto que não houve registro de quedas mesmo diante de um dólar mais fraco. A demanda exportadora tem gerado uma procura adicional e colaborando para sustentar os preços. Mas também nota-se uma maior participação de algumas indústrias do setor de proteína animal efetuando novos negócios. Comentários
De acordo com dados do Departamento de Agricultura do Estados Unidos (USDA), o saldo líquido das vendas externas norte-americanas na semana encerrada no dia 25 de junho, totalizaram de 833,2 mil toneladas, sendo que as expectativas do mercado aguardavam volume em torno de 700 mil toneladas. Desse montante comercializado, 594,3 mil toneladas estão com entrega programada para a safra velha, com um volume 19,6% superior em relação ao registrado na semana anterior. O Japão foi o principal comprador do produto norte-americano, que no período fez a aquisição de 162,5 mil toneladas de milho. Entre outras compras identificadas, destaque para México com a compra de 157,7 mil toneladas, seguida pelo Egito, com 109,1 mil toneladas. O relatório do USDA apontou ainda que, no acumulado da temporada 2014/15, as vendas do cereal já chegam a 45,7 milhões de toneladas frente ao esperado pelo departamento de 46,4 milhões de toneladas. No ano anterior, porém, nesse mesmo período, as vendas externas já passavam de 47 milhões de toneladas. Necessariamente, a expectativa de redução para as exportações de milho dos EUA se deve aos elevados estoques globais, resultado de safras cheias no hemisfério norte e menor competitividade do produto norte-americano devido à elevação do dólar frente às demais divisas globais. Para a safra 2015/16, o departamento norte-americano reportou saldo de vendas externas de 238,9 mil toneladas, dentro das expetativas do mercado.
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