Em junho, as cotações domésticas recuaram quase 5%
As cotações domésticas do açúcar recuaram quase 5% em junho, a maior queda mensal do ano até o momento. Conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), as perdas foram motivadas pela demanda enfraquecida e pela elevada oferta mundial, apesar de, internamente, a produção estar abaixo da verificada no ano passado.
Até o dia 26/6, o Indicador Cepea/Esalq do açúcar cristal, referente ao mercado de São Paulo, registrou média de R$ 49,20 por saca de 50 kg, 4% menos na comparação com maio (R$ 51,20/saca) e 5,85% abaixo da verificada em junho do ano passado (R$ 52,26/saca). "Representantes de usinas têm sido flexíveis nos valores de suas ofertas nas negociações no spot. Embora tenha sido observada uma melhora na liquidez em junho, a demanda não está aquecida. O volume de açúcar negociado no acumulado desta safra, por exemplo, está abaixo do registrado no mesmo período de 2014", explica o Cepea em relatório.
Conforme dados da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), no acumulado da temporada 2015/2016, iniciada em abril, até a primeira quinzena de junho, a região Centro-Sul do Brasil moeu 153,9 milhões de toneladas de cana (-3,11%), com produção de 6,75 milhões de toneladas de açúcar (-13%). Só em São Paulo, a fabricação do alimento está 20,5% menor.
Mesmo com a desvalorização interna, vender açúcar no mercado doméstico continua mais vantajoso do que exportar para o produtor, tendo em vista os valores pouco atrativos no exterior. Na semana passada, por exemplo, o spot paulista teve remuneração 7,43% maior do que os embarques. Enquanto a média semanal do Indicador de Açúcar Cristal Cepea/Esalq foi de R$ 47,65/saca, as cotações do contrato com vencimento em março na Bolsa de Nova York, referência para a commodity, equivaleriam a R$ 44,35/saca.
Fonte: Estadão Conteudo
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