Preços oscilam conforme peculiaridade regional
? Nesta terça-feira, a liquidez de negócios no mercado físico do boi
gordo se manteve restrita, refletindo, basicamente, o persistente embate
entre as pontas compradora e vendedora. A maior parte das indústrias
frigorificas continua a limitar seus processos de compra ao mínimo
necessário para garantir a operacionalidade das plantas. Entre as opções
dos frigoríficos, figura a realocação dos abates diários, o que tem
aumentado artificialmente suas escalas num momento em que as vendas
de carne não apresentam maior consistência. Outros, se valem de lotes à
termo ou confinamento próprios. Pelo lado da oferta, os pecuaristas ainda
limitam seus lotes para venda, numa tentativa de minimizar a pressão
baixista e, de olho nos elevados custos com lotes de reposição. Ao mesmo
tempo em que não há grandes excedentes de animais terminados, a
demanda se apresenta mais reduzida. Neste contexto, não houve
padronização de comportamento, com oscilações dependendo da
particularidade de cada região pecuária.
? Em SP e MS, onde a disponibilidade de gado para abate é mais
crítica, a firmeza dos preços da arroba foram ocasionadas pela maior
necessidade de compra dos frigoríficos de pequeno e médio porte. Diante
da dificuldade de compra e pressão baixista, as escalas se encurtaram,
forçando assim a retomada de alguns compradores. No MT, houve queda
generalizada entre as praças pecuárias do estado, visto que pecuaristas
elevaram a quantidade de lotes à venda com o avanço do inverno e
queda da qualidade da pastagem. Em GO, MG e PR, a pressão pela
baixa por parte dos compradores continua, mas a dificuldade na compra
de lotes em volumes mais significativos limitam os impactos dessa
pressão. Nas praças situadas na região Norte, a liquidez segue estável
diante da fraca atuação de ambas as pontas do mercado. No PA, algumas
indústrias frigorificas conseguiram encaixar negócios a preços mais baixos.
Já nas demais regiões houve estabilidade de preços, apesar da lentidão
dos negócios.
? No atacado, as vendas de carne bovina continuaram fracas, mas com
preços estáveis em função da equalização entre oferta e demanda.
Quanto as exportações brasileiras de carne bovina in natura, o embarque
ainda se manteve superior em relação aos meses passados, mas segue
abaixo do volume registrado em igual período de 2014. De acordo com
dados da SECEX, no acumulado das três primeiras semanas de junho
foram embarcadas, em média, 4,3 mil toneladas por dia, desempenho 1%
superior a maio passado, mas 13% abaixo de junho de 2014. As
expectativas se voltam a recuperação com abertura dos mercados dos
EUA e Japão.
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