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BOLETIM PECUÁRIO DIÁRIO

Indústria mantém cautela e segue testando baixa
? Nesta sexta-feira, o volume de negócios no mercado físico do boi
gordo continuou limitado. As indústrias frigoríficas, sobretudo as
integrantes de grandes grupos, ainda continuam limitando suas
compras de animais terminados ao estritamente necessário para
manter minimamente suas operações. A maior parte das plantas
frigorificas espalhadas pelo país busca ajustar a produção ao fraco
consumo, evitando a todo custo a formação de estoques em câmaras
frias. A adoção de táticas de realocação dos abates ou mesmo maior
uso de animais de confinamento próprio, permite que se exerça uma
pressão baixista no mercado. Por seu lado, os pecuaristas, continuam
restringindo na medida das possibilidades as ofertas de gado para
abater, o que contribui para inibir baixas de preços mais significativas e
fazendo com que o volume de negócios efetivados seja pequeno.
? Em SP e MS, os preços recuam. Os poucos lotes ofertados são
de modo geral pequenos, o que faz com que o volume efetivo de
animais negociados seja realmente muito pequeno. As escalas de
abate em ambos os estados, podem ser consideradas irregulares,
pois existem casos de indústrias que relatam escalas para mais de 5
dias úteis, mas ao mesmo tempo reconhecem que neste período
devem ficar 1 a 2 dias sem abater. (dias de abate intercalados). No
MT e GO, os preços se estabilizaram diante da dificuldade de compra
nos patamares oferecidos pelos frigoríficos. Ainda ocorrem negócios
“especiais” para lotes maiores, principalmente. Em MG, o dia foi de
queda de preços, mas compradores nestes níveis de preços inferiores
devem começar a ter dificuldades de compra. Nas demais regiões
pecuárias do país, os frigoríficos tentam baixar preços mas esta
pressão encontra forte oposição na pouca disponibilidade de gado
para abater. Nestes casos as perspectivas são de uma provável
estabilização de preços.
? No atacado, depois de várias baixas dos preços dos principais
cortes bovinos os mesmos começam a se firmar no mercado paulista.
Esta repentina firmeza de preços está sendo atribuída a um
movimento muito pontual de recuperação da demanda por parte de
alguns distribuidores e para alguns cortes específicos. Apesar dos
problemas econômicos afetarem o consumo, aparentemente alguns
distribuidores deixaram os seus estoques mínimos baixarem demais e
foram obrigados a recompô-los, ainda que com muita parcimônia.