Ao todo, 91 empresas do setor de etanol e açúcar encerraram as suas atividades até o momento; 354 sobrevivem
O setor sucroenergético vai continuar “sofrendo” neste ano e pelo menos oito usinas brasileiras produtoras de etanol e açúcar devem fechar as portas. Quem fez a afirmação foi o consultor Plínio Nastari, da Datagro, durante a Conferência Anual da Bayer, que acontece em Washington, capital norte-americana. Com isso, 91 empresas do setor saem de cena. “Teremos 354 usinas ativas”, diz.
Das usinas fechadas, 19 estão localizadas nas regiões Norte e Nordeste e o restante, na região Centro-Sul.
Segundo Nastari, juntas, essas empresas devem produzir 653 milhões de toneladas de cana na safra atual (591 milhões de toneladas na região Centro-Sul), o que geraria 35,7 milhões de toneladas de açúcar(32,2 milhões de toneladas Centro-Sul) – 0,8% a mais que o ciclo passado – e 29,4 bilhões de litros de etanol (26,6 bilhões de litros Centro-Sul) – 2,8% a mais que a safra anterior. “Em um momento de crise como o que estamos vivenciando agora, a produção aumentou e o consumo de etanol está alavancado, no entanto, enquanto não houver uma política pública para controle dos preços da gasolina, o setor vai continuar ‘sofrendo'”, disse o especialista.
A falta de uma política pública para a gasolina aumentará a dependência da importação do produto, de acordo com Nastari. “A projeção é que teremos que importar cerca de 25 bilhões de litros de gasolina. Se houvesse uma política pública para o setor, estaríamos gerando riquezas e empregos aqui, e não fechando as portas”, diz.
Ainda de acordo com ele, o aumento atual registrado no consumo não garante preços melhores para o produtor e o etanol deve sofrer reajuste em meados de setembro ou outubro.
Nastari é um dos palestrantes do evento, que reúne cerca de 75 produtores rurais (de grãos, fibras e energia) na capital dos Estados Unidos, entre os dias 15 e 19 de junho.
Fonte: Globo Rural
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