15 N.º5481
Mercado estável com leve viés altista
? Nesta terça-feira, o mercado físico do boi gordo segue estável, com apenas
duas praças refletindo às pressões altistas: Campo Grande/MS e Araguaína//TO. As
boas condições de pastagens nessas regiões levou pecuaristas a reter animais,
reduzindo assim a oferta de gado terminado. O mercado atacado teve uma leve
recuperação após o feriado e final de semana, com queda nos estoques, provável
reflexo do pagamento de salários. No tocante as exportações, os resultados são
bastante razoáveis embora no caso da carne bovina estejam se mantendo abaixo
do alcançado no ano passado.
? No estado do Mato Grosso, a melhora da oferta de boi terminado no mercado
físico, verificada após o feriado e final de semana, não se manteve. As escalas de
abate voltaram para uma média de 4 dias. Observa-se que a maior parte dos
animais ofertados no MT não são castrados. De certa forma, a oferta de vacas para
abate mostra-se cada vez mais escassa, provavelmente em decorrência do início da
estação de parição.
? Nas praças da região Noroeste do estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul
os compradores ainda encontram dificuldades para alongar suas escalas de abate,
que variam entre 2 a 3 dias, nos relatos mais otimistas. A oferta segue reduzida,
estimulando os pecuaristas a especular a possibilidade de novas altas de preços o
que, por enquanto, tem sido neutralizado pela resistência dos compradores que
apelam por compras em outras regiões ou mesmo por manter escalas de abate
falhas. Em Campo Grande (MS), em particular, se pôde observar no mês de maio
um período de queda do valor da arroba do boi gordo de 1% em relação a abril, na
contramão da valorização de 3% que vinha ocorrendo desde o início do ano. O
preço da arroba do boi gordo fechou o mês de maio valendo em média de R$
142,70/@. Neste mesmo período, o preço do bezerro valorizou 2% sobre mês de
abril. Desde o início de 2015, a valorização dos animais de até 12 meses de idade
para reposição acumularam alta de 34%. Com este elevado patamar de preços, a
relação de troca boi/bezerro atingiu a média de 1,6 em maio, queda de 3% em
relação a abril.
? O mercado interno atua de forma mais ativa sobre o mercado atacado,
possivelmente refletindo o pagamento dos salários que acontece nos primeiros dias
úteis do mês. Este cenário segue em consonância com o ritmo das exportações de
carnes (bovina, frango e suína) na primeira semana de julho, com aumento dos
níveis de embarque em 11,5% sobre mesmo período do ano passado. Mais uma
vez, o agronegócio, foi o responsável pelo superávit de US$ 2,76 bilhões na Balança
Comercial segundo relatório divulgado ontem. Apesar de seguir na contramão dos
demais setores da economia que apresentaram um déficit de US$ 4,85 bilhões, o
agronegócio teve uma retração de 10,5% neste saldo em relação a maio de 2014. O
setor de carnes está entre os três setores que contribuíram para esta redução, a
carne bovina ocupou o segundo lugar no ranking das exportações, respondendo a
38% em faturamento, com US$ 453 milhões. A liderança foi ocupada novamente
pela carne de frango, 48% do faturamento, em US$ 575 milhões. Apesar da menor
relevância dentre os embarques das três principais carnes, a suína se destacou ao
registrar aumento em 17,9% da quantidade exportada. No acumulado dos últimos
12 meses, (junho/2014 e maio de 2015), o faturamento das exportações do
agronegócio registraram uma queda em torno de 8%, sobre o período dos 12 meses
imediatamente anterior.
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