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BOLETIM PECUÁRIO DIÁRIO

Mercado retoma viés altista
? Nesta segunda-feira o mercado físico do boi gordo segue calmo, com
algumas praças respondendo à pressões altistas, devido essencialmente a
escassez de oferta de animais para abater. Na grande maioria dos casos, este
quadro pode ser explicado pela retenção de animais já prontos para abate nos
pastos por parte de alguns pecuaristas. O mercado atacado está indefinido
após o feriado que em muitos casos do ponto de vista prático se emendou
com o final de semana. A expectativa é de que nestes primeiros dias desta
semana se verifique uma melhora dos níveis de consumo decorrente
basicamente do pagamento de salários, entretanto, segundo alguns players
deste mercado, os indícios preliminares são desalentadores.
? Na região Sul, especificamente em Maringá estado do Paraná, o preço da
arroba no mercado físico do boi gordo permaneceu inalterado em relação à
última sexta-feira. As negociações nesta segunda-feira em volumes muito
pequenos, típico de início de semana. A escala de abate segue inalterada com
uma média de 4 a 5 dias. Nas praças cotadas por este Boletim no estado do
Mato Grosso, os preços se mantêm estáveis. A escassez de matéria-prima
descrita antes do feriado diminuiu sensivelmente e, as escalas estão com uma
média de 4 dias. Nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, os
frigoríficos voltaram a atuar de forma mais agressiva no mercado, porém com
dificuldade para fechar negócios, tendo em vista a falta de oferta e
consequente possibilidade de formação de escalas de abate mais longas. Nas
praças no Noroeste do estado de São Paulo e Três lagoas em MS, os preços
sofreram pressão altista, haja visto a pouca oferta de animais terminados. A
conjunção de fatores nestes estados, leva ao fechamento de operações para
os próximos 2 ou 3 dias, no máximo. Com isso, o mercado paulista retoma o
patamar de R$ 150 por arroba. No estado de Minas Gerais, o mercado está
calmo, com expectativa de melhora desta dinâmica amanhã.
? Em relação à demanda no mercado interno, a sua dinâmica segue ainda
bastante indefinida. Após o feriado da última quinta-feira e o primeiro final de
semana do mês, seguido pelo pagamento dos salários, havia expectativas de
uma melhora de consumo, entretanto, inicialmente alguns agentes de
mercado acreditam que dificilmente estas boas perspectivas vão se confirmar.
No tocante aos preços das carnes, segundo relatório mensal da Organização
das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), houve uma queda
de 1% em maio no mercado internacional, após leve recuperação em abril,
mas sem atingir os níveis de março deste ano, quando foram observados os
menores preços desde o início de 2011. A carne bovina foi a principal
responsável por este recuo, enquanto que as carnes suína e de frango,
permaneceram com preços praticamente estáveis, está última devido ao
embargo imposto aos Estados Unidos, em consequência aos surtos de
Influenza Aviária.