Bolsa de Chicago (CBOT)
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a sessão desta segunda-feira(8) positivamente. As principais posições do cereal
trabalharam positivamente ao longo de todo o dia, fechando todos os principais contratos com ganhos acima dos 4,75 pontos. A posição mais ativa dos
contratos negociados em Chicago, vencimento julho/15, registrou alta de 4,75 centavos de dólar, cotado ao final do dia a US$3,60¼/bushel ao passo que o
contrato com vencimento em setembro/15 encerrou o dia em alta de 5,25 centavos de dólar, cotado ao final do pregão a US$3,72¾/bushel. A
desvalorização do dólar frente as principais moedas do mundo continua como principal fator de sustentação de ganhos para o cereal. Além disso, a forte
alta do trigo, acima dos 10 pontos, na bolsa americana também ajudou a puxar os contratos do milho para patamares positivos. Outro fator que contribui
para a alta registrada na bolsa americana é o receio que paira sobre as condições das lavouras americanas, já que as fortes chuvas registradas no MeioOeste
já causa a inundação de parte de algumas lavouras. Assim o mercado encerrou o dia aguardando os resultados do USDA a respeito das condições
de lavoura da cultura nos Estados Unidos.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os contratos futuros de milho negociados na BMF&Bovespa encerram esta segunda-feira(8) estáveis. O mercado abriu a semana em ritmo bastante
lento, registrando poucos negócios com a commodity pelo país. A liquidez do cereal também sofreu com a desvalorização da moeda americana, que
encerrou o dia em forte baixa, -1,29%. Assim a bolsa brasileira seguiu lateralmente durante o dia e com pouca liquidez dos contratos do milho. O
vencimento julho/2015, referência para o mercado disponível, terminou o dia cotado a R$ 26,24, mesmo preço registrado na sexta-feira (5) pós feriado de
Corpus Christi. Deste mesmo modo, o vencimento setembro/2015, o qual baliza os contratos com lotes da segunda safra brasileira também não
apresentou grandes alterações e encerrou o dia cotado a R$ 25,60, apenas 0,04 pontos superior ao registrado na última sexta-feira.
Dólar (US$)
O dólar fechou em queda superior a 1% ante o real nesta segunda-feira, refletindo o quadro de maior tranquilidade no exterior, enquanto investidores
aguardam a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana. A moeda norte-americana recuou 1,29% e
encerrou o dia cotado a R$ 3,1099 na venda. Na sexta-feira, a divisa havia avançado 0,51%, influenciada também pelo baixo volume de negócios entre o
feriado de Corpus Christi e o fim de semana. Mais cedo, a Bloomberg News citou uma autoridade francesa dizendo que o presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, teria dito aos países do G7 que o dólar forte seria um problema. A Casa Branca mais tarde negou que o presidente teria feito essa
declaração, mas o dólar ainda recuava firmemente em relação ás principais moedas. O fortalecimento do dólar tende a encarecer produtos norteamericanos
para seus parceiros comerciais, atrapalhando a retomada da maior economia do mundo. Esse tema ganha ainda mais relevância em um
momento em que o Federal Reserve avalia os indicadores econômicos para decidir quando elevar os juros norte-americanos, decisão que pode atrair
para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em outros países. No Brasil, investidores aguardam a divulgação, na quinta-feira, da
ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual o Banco Central pode sinalizar o futuro da Selic, após elevá-la a 13,72% na
semana passada e deixar a porta aberta para mais altas no curto prazo. Contribuíram também para o alivio do cambio no mercado interno declarações
da presidente Dilma Rousseff em entrevista ao jornal O Estado de. S. Paulo defendendo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, poucos dias antes do
Congresso do PT, que promete reservar pesadas críticas ao ministro.
Mercado Interno
No mercado interno, as análises apontam que a demanda pela safrinha brasileira e nos portos está mais calma entre os consumidores internos como os
externos e existe uma sensação relativa de tranquilidade, dado às projeções de uma boa colheita. Em meio ao avanço da colheita, as cotações têm perdido
o suporte. De acordo com as praças cotadas, o cereal encerrou o dia cotado a R$ 18,50 em Catalão – GO. Para alguns estados produtores da segunda
safra do milho, os fundamentos indicam mais para valores abaixo do mínimo governamental nestas regiões do que para inversão da atual tendência.
Acredita-se que alguma pequena mudança neste cenário poderia vir por questões externas, como elevação dos preços na CBOT. As exportações
brasileiras poderiam dar algum suporte, especialmente a partir de setembro. Conforme a colheita avança, principalmente no Paraná, as informações
vindas do campo vão confirmando produtividade muito acima da média. No cerrado brasileiro, o elevado volume de chuva atrasa a colheita mas
favorece as lavouras plantadas mais tardiamente e que ainda estão em desenvolvimento. Com as desvalorizações das últimas semanas, os preços do
cereal registram novos mínimos do ano em algumas praças do MT, MS, SP e PR. Com os valores já abaixo do preço mínimo oficial em algumas regiões,
produtores já possuem expectativas de apoio para a comercialização nesta temporada.
Comentários
O fluxo das vendas externas brasileiras de milho foram pouco representativos no mês de maio e continuam no mesmo ritmo no início de junho. De
acordo com dados divulgados pela Secretária do Comércio Exterior (SECEX), foram embarcadas 5,6 mil toneladas do cereal nos primeiros 4 dias úteis
do mês. O montante embarcado resultou num fluxo médio diário de 0,4 mil tonelada ante a 0,9 mil tonelada em maio e 1,0 mil tonelada em junho
passado. Em relação ao faturamento o desempenho também é ruim com queda de 58,3% e 73,4% frente ao mês de maio e junho/14, respectivamente. O
resultado representa uma queda de 58% nos ritmo diário dos embarques frente a maio passado e 63% abaixo de igual período de 2014. O que realmente
influencia na queda das exportações são as limitações estruturais brasileiras, visto que a pauta das exportações está centrada no complexo soja que,
associado ao atraso desses carregamentos, ajudou a impactar o fluxo de embarque de milho. Mas a expectativa é que a partir do segundo semestre de
2015 o volume de exportações de milho registrado no Brasil possa aumentar, porém o desempenho vai continuar a depender do comportamento
cambial e dos preços do cereal no mercado externo. A partir do próximo mês as trandings já devem virar as exportações para o milho. A queda no dólar
frente ao real prejudicou a paridade brasileira para exportação e tem limitado o andamento das vendas antecipadas de milho de segunda safra. A queda
recente no frete rodoviário no Brasil, assim como nos fretes marítimos para os principais destinos do milho brasileiro, pode beneficiar o milho e resultar
em melhoras nas vendas. Qualquer melhora na taxa cambial ou aumento nos preços externos no milho garantiriam uma maior participação do produto
no cenário externo. Diante dessas expectativas, a Informa estima que as exportações variem entre 21 e 22 milhões de toneladas nesta temporada. Para
isso o país precisa melhorar o ritmo das exportações nos próximos meses, mas um aumento relativamente pouco significativo levaria o país a esse
volume exportado em 2015. Aumento de apenas 6% nos próximo meses já faria com que 2015 atingisse o segundo maior volume da história ficando
atrás apenas do ano de 2013 quando foram exportadas 26,61 milhões de toneladas.
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