Bolsa de Chicago (CBOT)
A semana começou positiva para o mercado de soja na bolsa de Chicago. O clima chuvoso no Meio-Oeste americano continua a influenciar as expectativas
dos analistas de mercado quanto o andamento do plantio e o resultado dos atrasos na produção da oleaginosa. O excesso de chuvas na região poderia levar
inclusive ao replantio de algumas áreas já que em algumas regiões há alagamento de áreas onde a soja acabou de emergir. Além disso, a manutenção da
demanda internacional pela soja e o dólar mais fraco no cenário internacional contribuíram na sustentação da alta dos principais contratos da oleaginosa
nesta segunda-feira. O primeiro contrato, julho/15 fechou a sessão a US$9,44/bushel, alta de 6,50 centavos de dólar ao passo que o vencimento novembro/15,
referência para a safra norte-americana, também encerrou o dia com alta, 6,00 centavos de dólar, a US$9,20/bushel. Outro importante fator na valorização da
soja na bolsa americana hoje foi a forte demanda e o fechamento de novos contratos para farelo de soja. Por mais que os contratos para óleo de soja tenham
encerrado o dia no vermelho, a boa valorização do farelo, alta de 1,6% hoje, associado com o dólar mais barato e as expectativas quanto ao plantio
beneficiaram positivamente os contratos da soja.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os preços dos contratos futuros de soja negociados na BM&F Bovespa nesta segunda-feira (8), encerraram o dia positivamente, seguindo a bolsa de
Chicago e dando continuidade ao padrão de leves incrementos diários vistos na semana anterior. Os preços da commodity apresentaram leves ganhos,
indo na direção contrária do que foi observado em muitas praças pelo país, onde hoje o a desvalorização do dólar ajudou a diminuir o ritmo dos negócios e
contribui para pequenos descontos no preço da soja no mercado interno. O contrato com vencimento em julho/15, que serve de referência para lotes da safra
em curso, encerrou a sessão cotado ao final do dia a US$ 21,86, registrando leve incremento de 0,69% em comparação com a sessão da sexta-feira. O mini
contrato de soja, atrelado diretamente ao comportamento da bolsa norte-americana, com vencimento em julho/15, também registrou leve incremento em
relação a última sessão e encerrou o dia cotado a US$ 20,82/saca.
Dólar (US$)
O dólar fechou em queda superior a 1% ante o real nesta segunda-feira, refletindo o quadro de maior tranquilidade no exterior, enquanto investidores
aguardam a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana. A moeda norte-americana recuou 1,29% e
encerrou o dia cotado a R$ 3,1099 na venda. Na sexta-feira, a divisa havia avançado 0,51%, influenciada também pelo baixo volume de negócios entre o
feriado de Corpus Christi e o fim de semana. Mais cedo, a Bloomberg News citou uma autoridade francesa dizendo que o presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, teria dito aos países do G7 que o dólar forte seria um problema. A Casa Branca mais tarde negou que o presidente teria feito essa declaração,
mas o dólar ainda recuava firmemente em relação ás principais moedas. O fortalecimento do dólar tende a encarecer produtos norte-americanos para seus
parceiros comerciais, atrapalhando a retomada da maior economia do mundo. Esse tema ganha ainda mais relevância em um momento em que o Federal
Reserve avalia os indicadores econômicos para decidir quando elevar os juros norte-americanos, decisão que pode atrair para a maior economia do mundo
recursos atualmente aplicados em outros países. No Brasil, investidores aguardam a divulgação, na quinta-feira, da ata da última reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom), na qual o Banco Central pode sinalizar o futuro da Selic, após elevá-la a 13,72% na semana passada e deixar a porta aberta para
mais altas no curto prazo. Contribuíram também para o alivio do cambio no mercado interno declarações da presidente Dilma Rousseff em entrevista ao
jornal O Estado de. S. Paulo defendendo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, poucos dias antes do Congresso do PT, que promete reservar pesadas
críticas ao ministro.
Mercado Interno
No mercado interno para a oleaginosa brasileira, frente a atual baixa do dólar no início desta segunda-feira, os preços no Brasil recuaram, apesar dos ganhos
registrados em Chicago. Em Lucas do Rio Verde – MT a soja encerrou o dia com queda e preço de R$ 52,00, ante os R$ 52,50 da sexta-feira. Já em Ponta
Grossa – PR, a oscilação negativa foi de R$ 64,00 para R$ 63,00 neste início de semana. Desta forma, com preços recuando no interior do Brasil, os negócios
seguem acontecendo de forma pontual e em um ritmo mais lento. O produtor brasileiro segue cauteloso e observando os melhores momentos de
comercialização para voltar ao mercado. Segundo números trazidos nesta segunda-feira(8) pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do
Desenvolvimento, as exportações de soja do Brasil nos primeiros quatro dias úteis de junho somaram 2,207 milhões de toneladas, com uma receita gerada
de US$ 851,3 bilhões. O preço médio da tonelada no período foi de US$ 385,70. Na comparação com maio do ano passado, houve alta de 19,2% na receita,
de 60,1% no volume e queda de 25,6% no preço.
Comentários
Apesar do volume exportado de soja no mês de maio ter sido recorde na história das vendas externas brasileiras, os primeiros 4 dias úteis de junho
iniciaram com uma alta em relação ao mês anterior. Nesse período a país exportou 551,8 mil toneladas na média diária, alta de 18,1% ante o mês de maio/15
e 60,1% acima do mesmo período em 2014. O atual mês terá 21 dias úteis. Caso o Brasil continue com essa média diária o país acumularia em junho 11,58
milhões de toneladas, volume extraordinário e 68% acima do mesmo período de 2014. Contudo, as exportações nas próximas semanas não devem seguir
esse ritmo, pois algumas trandings já estão finalizando as vendas e devem diminuir o ritmo de embarques no porto ao longo do mês. Em faturamento o
início do mês também está sendo positivo com alta de 17,8% frente ao mês passado e 19,2% superior em relação a 2014 com a soja acumulando UDS 212,8
milhões na média diária de junho/16, ante USD 180,6 milhões em maio/15 e USD 178,6 em junho/14. Os primeiros dias de junho mostram que o Brasil
possivelmente irá superar o volume exportado em 2014. Segundo a última previsão do USDA o Brasil irá exportar 45,65 milhões de toneladas na safra 2015,
número bem próximo do exportado em 2014. A Informa Economics FNP prevê atualmente que o Brasil alcance 47,5 milhões de toneladas, volume 4%
superior ao recorde acumulado na safra passada quando o Brasil atingiu 45,78 milhões de toneladas. Apesar de ser um volume significativo, a alta de 4% é
bastante inferior a alta na colheita de soja que será recorde de 95,1 milhões de toneladas em 2014/15, 10% superior à anterior. O real desvalorizado ante o
dólar é outro fator que permite aos compradores oferecer diferenciais maiores na aquisição da soja brasileira. O Brasil tem disputado com os EUA o posto
de maior exportador global de soja nos últimos anos.
16 3626-0029 / 98185-4639 / contato@assovale.com.br
Criação de sites GS3