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BOLETIM DIARIO SOJA | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

BOLETIM DIARIO SOJA

Bolsa de Chicago (CBOT)
Os contratos futuros da soja negociadosna bolsa de Chicago encerraram a sessão desta quinta-feira em baixa, pressionado principalmente pelos
contratos mais longos (próxima safra). A expectativa de uma safra cheia e vendas técnicas enfraqueceram o mercado. Queda nos preços do
farelo também puxaram o grão. O primeiro contrato, julho/15 fechou a sessão a US$9,26/bushel, queda de 1,00 centavo de dólar ao passo que o
vencimento novembro/15, referência para a safra norte-americana, encerrou o dia com uma queda maior, 4,50 centavos de dólar, a
US$9,02/bushel. A notícia de que um acordo deve pôr fim à greve na Argentina colaborou para uma pressão baixista na soja, visto que é
esperado um aumento no ritmo dos embarques no país vizinho. Amanhã devem ser divulgadas as exportações semanais dos Estados Unidos.
Segundo as expectativas do mercado, as vendas da safra atual devem ser entre 150 e 300 mil toneladas, superior ao reportado na semana
anterior, 165,46 mil tons. Em relação a nova safra a expectativa é que as vendas fiquem entre 100 e 300 mil toneladas, bem superiores ao
contabilizado anteriormente, 77,5 mil tons.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os preços dos contratos futuros de soja negociados na BM&F Bovespa ficaram estáveis nesta quinta-feira, os preços que registraram quedas ao
longo do dia se recuperaram rapidamente ao fim do pregão seguindo Chicago em movimentos laterais de manutenção dos preços. O contrato
com vencimento em julho/15, que serve de referência para lotes da safra em curso, encerrou a sessão cotado ao final do dia a US$21,44/saca com
variação negativa de 0,09% em relação ao fechamento da véspera. O mini contrato de soja, atrelado diretamente ao comportamento da bolsa
norte- americana, com vencimento em julho/15, registrou queda de 0,09% em relação aodia anterior, cotado a US$20,42/saca. Com o dólar mais
alto e a firme demanda para exportação garantiu a manutenção de preços na BM&F.
Dólar (US$)
O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira, reagindo ao cenário externo desfavorável em meio a persistentes expectativas de que os
juros dos Estados Unidos começarão a subir ainda neste ano e preocupações com os problemas envolvendo a dívida da Grécia. A moeda norteamericana
subiu 0,59% e encerrou o dia cotado a R$ 3,1638 na venda, renovando a máxima de fechamento desde 1º de abril, quando atingiu a
cotação de R$ 3,1725. A divisa dos EUA tem avançado em relação às principais moedas nas últimas sessões, à medida que investidores se
preparam para o eventual início do aperto monetário na maior economia do mundo, o que pode diminuir a atratividade de investimentos em
outros mercados. Preocupações com os problemas envolvendo a dívida da Grécia também tem pesado, em meio a temores sobre um default e a
possibilidade de o país deixar a zona do euro. No Brasil, investidores tem adotado uma postura defensiva em meio a atritos entre o Planalto e o
Congresso, mesmo após a aprovação de três medidas provisórias que integram o ajuste fiscal.
Mercado Interno
Com o dólar alcançando R$ 3,18 na máxima do dia, favoreceu a formação dos preços no Brasil novamente, como tem acontecido nos últimos
dias. No Paraná, a saca da soja disponível manteve os R$ 56,50 em Cascavel, já em Catalão – GO, a saca da soja disponível ficou em R$ 58,00.
Quanto aos preços nos portos do Brasil, os preços trabalham na casa dos R$ 70,00 e, nesta quinta-feira fecharam com R$ 72,00 e R$ 73,20 nos
portos paranaense e gaúcho, respectivamente. Outro fator que também contribui na manutenção dos preços da oleaginosa no Brasil, além do
dólar e dos prêmios, é a pouca movimentações em Chicago e alguns patamares mantidos, principalmente nas posições mais próximas, como
vencimento julho/15, que fechou o dia valendo US$ 9,26 por bushel e com baixa de 1 ponto.
Comentários
Segunda a Bolsa de Cereais de Buenos Aires divulgou no dia de hoje, a expectativa da produção de soja da safra 2014/15 na Argentina poderá
ser superior ao volume recorde previsto atualmente de 60 milhões de toneladas. As produtividades registradas recentemente estão superando
as previsões e com o avanço da esses números começam a se consolidar. Mesmo com as chuvas verificadas nos últimos dias e o atraso o ritmo
de colheita da oleaginosa em algumas partes não foram suficientes para preocupar os analistas. Produtividades de 1,7 tonelada por hectare em
média nas áreas de produção continuam superando as expectativas, e mantendo-se essa tendência, a produção pode chegar a mais do que as 60
milhões de toneladas projetadas atualmente", disse a entidade. Até esta quinta-feira, os produtores haviam colhido 90,3% da área de 20 milhões
de hectares, avanço semanal de 2,8%, mas 16,5% acima do ritmo verificado no ciclo anterior, segundo relatório semanal da bolsa. O Ministério da
Agricultura argentino também estimou a produção em 2014/15 em um recorde de 60 milhões de toneladas.

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