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BOLETIM DIARIO DO MILHO | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

BOLETIM DIARIO DO MILHO

Bolsa de Chicago (CBOT)
Os contratos de milho negociados na bolsa de Chicago finalizaram a sessão desta quinta-feira em alta generalizada impulsionado pelo
relatório semanal do departamento de energia dos Estados Unidos. Segundo o EIA (sigla em inglês), os estoques de etanol cederam 0,3% em
relação à semana anterior, atingindo 20,1 milhões de barris, enquanto a produção de milho para etanol subiu 1,1% para 0,969 milhões de
barris por dia. Diversas coberturas de vendidos foram rompidas com a alta repentina e analistas apontam que fundos compraram 4.500
contratos. A fraqueza no dólar auxiliou as altas no milho. Nem mesmo a queda nas cotações da soja foram capazes de segurar as altas no
cereal. A posição mais ativa dos contratos negociados em Chicago, vencimento julho/15, registrou alta de 4,00 centavos de dólar, cotado ao
final do dia a US$3,53½/bushel ao passo que o contrato com vencimento em setembro/15 encerrou o dia em alta de 3,75 centavos de dólar,
cotado ao final do pregão a US$3,59½/bushel.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os contratos futuros de milho negociados na BM&F Bovespa ficaram estáveis nesta quinta-feira, movimento diferente do registrado na bolsa
de Chicago que teve alta. O vencimento julho/2015, referência para o mercado disponível, terminou o dia cotado a R$25,87/saca, exatamente
igual ao dia anterior ao passo que o vencimento setembro/15, que baliza os contratos com lotes da segunda safra, registrou alta de 0,43%,
cotado ao final do dia a R$25,30/saca. A leve alta do dólar auxiliou na manutenção dos preços do cereal na bolsa brasileira, mesmo com as
expectativas de uma provável safra recorde de milho de inverno no país num momento de estoques abundantes e boa evolução.
Dólar (US$)
O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira, reagindo ao cenário externo desfavorável em meio a persistentes expectativas de que os
juros dos Estados Unidos começarão a subir ainda neste ano e preocupações com os problemas envolvendo a dívida da Grécia. A moeda
norte-americana subiu 0,59% e encerrou o dia cotado a R$ 3,1638 na venda, renovando a máxima de fechamento desde 1º de abril, quando
atingiu a cotação de R$ 3,1725. A divisa dos EUA tem avançado em relação às principais moedas nas últimas sessões, à medida que
investidores se preparam para o eventual início do aperto monetário na maior economia do mundo, o que pode diminuir a atratividade de
investimentos em outros mercados. Preocupações com os problemas envolvendo a dívida da Grécia também tem pesado, em meio a
temores sobre um default e a possibilidade de o país deixar a zona do euro. No Brasil, investidores tem adotado uma postura defensiva em
meio a atritos entre o Planalto e o Congresso, mesmo após a aprovação de três medidas provisórias que integram o ajuste fiscal.
Mercado Interno
Após um dia de estabilidade no mercado interno do grão, a saca permaneceu em R$ 28,00 no Porto de Paranaguá e R$ 13,50 em Sapezal –
MT, conforme levantamento. A queda nos preços internos do milho nas últimas semanas são fundamentadas por conta das perspectivas
positivas para a safrinha brasileira que, mesmo com atraso do plantio do grão, ainda demonstra boas condições. Toda via, com números
elevados nos estoques também contribuem na queda das cotações no mercado doméstico. Porém, com a alta do dólar, os preços ainda
tentam alguma reação mas não conseguem alavancar movimentos de alta. Assim como no mercado internacional, o produtor de milho
brasileiro também precisará acompanhar a evolução da demanda, uma vez que o avanço do câmbio poderá criar oportunidades aos
agricultores. Ainda é possível visualizar um cenário baixista pelo óptica da demanda. Desta forma, os produtores que não negociaram parte
do milho de segunda safra, devem negociar aos poucos, quando conseguirem uma margem. Leva-se ao fato que não se sabe o quão
pressionados os preços poderão ficar.
Comentários
Segunda a Bolsa de Cereais de Buenos Aires divulgou no dia de hoje, a expectativa da produção de milho da safra 2014/15 na Argentina se
manteve nos atuais 25 milhões de toneladas. As produtividades registradas permaneceram em 146,5 sc/há, atingindo agora 10,9 milhões de
toneladas. A safra atingiu nessa semana 37,4% da área plantada com o cereal, 1,9 pontos percentuais de avanço em relação à semana anterior
devido a constantes interrupções devido as chuvas que caíram nas regiões norte e centro oeste. A safra se apresenta 1,6% acima da safra
passada, mas está 36,4% abaixo da médias das lavouras nos últimos 15 anos. O atraso se deve a maior parte das variedades plantadas serem
tardias e os estandes com essas plantas estarem apresentando bastante umidade, prejudicando a colheita. A partir do início de junho a bolsa
de Cereais de Buenos Aires prevê que essas áreas tenham condições de serem colhidas e, assim, aumentem o volume colhido no país vizinho.
A respeito do trigo da safra 2015/16, a bolsa disse que o plantio alcança 4,3% dos 4,1 milhões de hectares estimados, avanço semanal de 1,5%
ante a semana passada e 2,1% atrás do ritmo na mesma época na temporada anterior.

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