A produção de etanol cresceu 4% em 2014 e atingiu 28,6 bilhões de litros, ultrapassando o recorde histórico de 27,9 bilhões de litros alcançado em 2010, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (28), pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Essa foi a terceira alta consecutiva na produção do biocombustível no país. Segundo a EPE, a expansão foi ocasionada pelo baixo preço internacional do açúcar, “levou o produtor a direcionar a maior parte da produção de cana para a fabricação de etanol”, informou, em nota.
A liberação de recursos públicos para o setor sucroenergético e as expectativas de aumento do percentual de etanol anidro na gasolina C, de 25% para 27%, e o retorno da tributação sobre a gasolina, também foram apontados pela análise como motivadores do crescimento.
"Apesar da safra 2014/15 ter registrado uma redução de 3,7% na quantidade de cana processada, houve um aumento da produção de etanol, em detrimento da produção de açúcar", diz a análise de conjuntura.
Biomassa
Em 2014, houve um crescimento de 17% da participação das usinas de biomassa no panorama energético nacional, informou a análise. Em relação ao valor aplicado neste segmento, desde 2008, quando o investimento em cogeração atingiu a cifra de R$ 1,9 bilhão, esse valor se mantém em queda.
"Diante de todos os pontos apresentados, nota-se que há espaço para maior participação das usinas térmicas a biomassa na matriz energética nacional. O estresse hídrico observado nos últimos meses não provocou restrição do consumo elétrico, devido, em grande parte, à maior integração do SIN e à diversificação das fontes energéticas disponíveis", mostra o estudo.
Biodiesel
O estudo mostrou ainda que houve crescimento do consumo do biodiesel em 2014 devido ao aumento da demanda do óleo diesel convencional e à mudança do percentual da mistura, de 5% para 6%, em 1º de julho de 2014, e para 7%, a partir do dia 1º de novembro do mesmo ano. Foram consumidos 3,4 bilhões de litros de biodiesel no Brasil.
Leilões
Ainda segundo a EPE, no ano passado foram realizados seis leilões para a compra de biodiesel pelas distribuidoras de combustível, totalizando 40 desde o início do programa.
"Após a entrada em vigor do percentual de 7%, o volume arrematado no 40º certame não garantiu o atendimento da demanda e foi necessário um leilão complementar. Depois deste incidente, reuniões entre o governo e o setor apontaram soluções para o atendimento da nova demanda, o que afastou a hipótese de redução do mandatório para 6% pelo CNPE, conforme faculta a lei", aponta a análise.
Fonte: G1
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