Bolsa de Chicago (CBOT)
Os contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago encerraram a sessão desta quarta-feira com pequenas variações positivas em meio a
movimentos de compras de oportunidade depois das sucessivas perdas acumuladas. O primeiro contrato, julho/15 fechou a sessão a US$9,27/bushel, ganho
diário 4,50 centavos de dólar ao passo que o vencimento novembro/15, referência para a safra norte-americana, encerrou o dia com modesta alta de 1,75
centavo, a US$9,06½/bushel. De certa forma, os fundamentos de oferta e demanda para soja ainda apontam para um quadro de cotações sob forte influência
baixista, o que denota o movimento dia como puramente técnico. Os EUA dispõem de elevados estoques da oleaginosa ao passo que as previsões para os
resultados das safras de soja no Brasil e Argentina para o ciclo em curso devem passar por revisões positivas em termos de oferta, o que remonta o cenário
de ampla disponibilidade. O andamento do plantio e desenvolvimento da nova safra de soja nos EUA também tem sido promissor, o que elevar a pressão
baixista no mercado da oleaginosa. Mesmo assim, os atuais patamares tem estimulado o consumo global, o que a plena liquidação das posições ao mesmo
tempo que motiva recompras.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os preços dos contratos futuros de soja negociados na BM&FBovespa registraram altas nesta quarta-feira, recuperando perdas verificadas na sessão
passada e acompanhando a firmeza das cotações internacionais da commodity. O contrato com vencimento em julho/15, que serve de referência para lotes
da safra em curso, encerrou a sessão cotado ao final do dia a US$21,46/saca com variação positiva de 0,47% em relação ao fechamento da véspera. O mini
contrato de soja, atrelado diretamente ao comportamento da bolsa norte-americana, com vencimento em julho/15, registrou queda de 0,49% em relação ao
dia anterior, cotado a US$20,44/saca. A paridade positiva no Brasil em função dos firme demanda para exportação associada a recuperação dos preços
externo estimulou movimentos de compras de oportunidade.
Dólar (US$)
O dólar fechou com leve queda ante o real nesta quarta-feira, após ter operado em alta durante grande parte da sessão, acompanhando o movimento
externo e reagindo a declarações do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que defendeu as medidas de ajuste fiscal. O dólar recuou 0,15%, a R$3,1452
na venda, interrompendo série de quatro altas consecutivas. Operadores afirmaram não ver grandes novidades no discurso do ministro, mas aproveitaram
a ocasião para corrigir excessos após a moeda acumular alta de quase 5% nas últimas quatro sessões. As preocupações com os entraves ao reequilíbrio das
contas públicas, segundo operadores, persistem. O dólar norte-americano abriu o dia em alta globalmente, ainda reagindo a expectativas de que os juros
comecem a subir neste ano nos EUA e a preocupações com a crise envolvendo a dívida grega. No entanto, o dólar reduziu os ganhos na parte da tarde e
passou a recuar em relação a outras moedas, como o euro. O alívio veio após a Grécia afirmar que começou a esboçar um acordo com seus credores e
perdurou mesmo após autoridades da zona do euro negarem a informação. Além disso, investidores venderam dólares durante a entrevista coletiva do
ministro Nelson Barbosa, na qual defendeu o ajuste fiscal brasileiro. Especulações no mercado sobre possíveis atritos entre Levy e Barbosa sobre esse tema
têm gerado apreensão, mesmo após a presidente Dilma Rousseff negar a existência de conflitos entre os dois. E a perspectiva é que a alta do dólar continue.
Mercado Interno
No Brasil, o dólar continuou como principal drive de firmeza para a formação dos preços da soja no mercado físico, apesar de ceder na etapa final da sessão
desta quarta-feira. Em menor intensidade, a modesta alta em Chicago em conjunto com os prêmios positivos também criaram uma cenário favorável a
ajustes nas indicações nas indicações entre as principais zonas portuárias do país, mas com as variações dependendo do prazo de pagamento e momento
do pregão. No porto de Paranaguá foram realizados negócios no spot até R$68,00/saca ao passo que nos terminais de Rio Grande e São Luis (Itaqui), o
produto disponível foi negociado a R$69,00/saca. A necessidade de cobertura de posições e de se agilizar os carregamentos atrasados a fim de diminuir as
longas filas tem mantido um fluxo significativos das exportações brasileiras. Neste contexto, de posse da paridade, os preços soja no interior do país também
trabalharam em ambiente positivo apesar das oscilações marcar de forma distinta as efetivações e o comportamento entre as praças. Mesmo assim,
verificasse que a dinâmica das comercializações tem melhorado, visto que os produtores buscam aproveitar a firmeza dos preços para fazer caixa e liquidar
os grandes excedentes nos estoques. Diferente do ano passado, os produtores ainda detêm elevados volumes do grão, cerca de 30% da produção ainda
resta comercializar. Diante da perspectiva de preços mais baixos no segundo semestre, a ponta vendedora tem aproveitado as oportunidades de negócios
tanto no spot como visando lotes da safra 2015/16. Mesmo assim, as vendas antecipadas ainda seguem cadenciadas.
Comentários
Depois de iniciar o mês de maio com uma queda significativo no fluxo, os embarques dos derivados de soja voltaram a ganhar intensidade. Apenas na
terceira semana do mês, o Brasil exportou 662,7 mil toneladas de farelo de soja, quase o dobro do volume embarcado na segunda semana, de 368,0 mil
toneladas. Por sua vez, a média diária de farelo de soja embarcada no acumulado das três primeiras semanas de maio (quinze dias úteis) está em 79,1 mil
toneladas, bem acima das 59,9 mil toneladas/dia exportadas em abril passado e superior à média de maio de 2014, de 67,6 mil toneladas/dia, segundo dados
da Secex. A competição pelo mercado externo com grandes ofertas dos EUA e Argentina é grande, mas a paridade e os problemas em elos da cadeia
argentina abre brechas para o produto brasileiro. Quanto ao mercado doméstico para o farelo, a maior demanda vem do setor de proteína animal do
mercado interno, que passou a comprar parceladamente, fator que desacelerou o mercado durante o mês, mas que garante um aparente consistência na
demanda. Em relação ao óleo de soja, o embarque médio diário de produto bruto subiu para 6,7 mil toneladas, avanço de 14,5% frente ao registrado em
abril passado e 26,4% superior a igual período de 2014. Já em região ao mercado doméstico, a demanda para biodiesel e alimentos tem sustentado as
cotações do produto. Neste contexto, as esmagadoras tiveram participação mais moderada nas compras de soja, mas devem encerrar o ano de 2015 tendo
esmagando o que poderá ser o maior volume de soja da história. Vendedores, por sua vez, preferem cumprir os contratos realizados antecipadamente e
estocar o restante da safra aguardando uma reviravolta cambial.
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