Bolsa de Chicago (CBOT)
Em virtude do feriado nacional nos Estados Unidos que homenageia os soldados mortos em guerra (Memorial Day), não houve pregão na Bolsa de
Chicago (CME/CBOT).
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os contratos futuros de milho negociados na BM&Fbovespa encerraram a primeira sessão desta semana com ganhos em função da firmeza do dólar
frente a moeda brasileira. Em mais uma dia de firmeza do dólar frente a moeda brasileiros, aumentaram a expectativa de maior desempenho das
exportações nacionais. O vencimento setembro/2015 terminou o dia cotado a R$26,40/saca, valorização de 0,84% em relação ao dia anterior ao passo que
o vencimento novembro/15 registrou ganho de 0,74%, cotado ao final do dia a R$27,40/saca. O comportamento cambial no Brasil continua sendo o
principal drive para ditar o viés dos preços domésticos, visto que o mercado passou a depender essencialmente das vendas externas para diminuir os
grandes excedentes domésticos diante da possibilidade de uma segunda safra de milho recorde no Brasil. Vale ressaltar que os futuros apresentam um
significativo spread em relação às vendas antecipadas.
Dólar (US$)
O dólar fechou em ligeira alta nesta segunda-feira, com a defesa do ajuste fiscal pelos ministros da Fazenda e da Casa Civil afastando a divisa das
máximas da sessão. A moeda norte-americana teve variação positiva de 0,09%, a R$3,0979 na venda, em um dia marcado por baixo volume, com
importantes praças financeiras globais fechadas por feriado. Na máxima do dia, o dólar foi negociado a R$3,1341. Na sexta-feira, o ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa, anunciou corte de 69,9 bilhões de reais nos gastos do governo em 2015. Um dos mentores da disciplina fiscal no Brasil, o
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não compareceu à entrevista, alimentando especulações sobre possíveis discordâncias dentro do governo. No
entanto, entrevista coletiva nesta segunda-feira no fim da manhã de Levy e do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, atenuou os ânimos de
investidores. Os dois defenderam o ajuste fiscal e prometeram intensificar os esforços para aprovar as medidas de reequilíbrio das contas públicas no
Congresso. A pressão cambial vista na sessão refletiu também expectativas de que os juros comecem a subir ainda neste ano nos Estados Unidos, o que
poderia atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados no Brasil. Na sessão passada, dados mostrando aceleração do núcleo da
inflação ao consumidor norte-americano e discurso da chair do FED, Janet Yellen, reforçaram essas apostas. Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a
oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente a 6,301 bilhões de dólares, ou cerca de 65 por cento
do lote total, que corresponde a 9,656 bilhões de dólares.
Mercado Interno
No Brasil, os preços do milho operaram em ambiente estável, com baixo registro de negócios diante da fraca atuação de ambas as pontas do mercado.
Os compradores continuam de olho no andamento das segunda safra e breve chegada das primeiras ofertas de milho safrinha e, desta forma, buscam
limitar o fluxo de suas aquisições a operações apenas para complementar estoques. No caso das tradings exportadoras, o comportamento do dólar
segue ditando o ritmo das compras. Com a recuperação do dólar frente a moeda brasileira, as vendas antecipadas continuam a registrar melhor
dinâmica. Nas zonas portuárias do país, há relatos de negócios sendo negociados até R$28,50/saca para entrega e pagamento nos meses de setembro e
outubro de 2015. A necessidade de um volume significativo de embarque de milho ao mercado externo acontece num cenário de grandes estoques do
grão no Brasil. Alguns agentes do mercado chega a cogitar a possibilidade de intervenções do governo no mercado para auxiliar no escoamento dos
excedentes, mas com a crise que se arrasta no país com cortes nos gastos públicos e redução dos recursos, o mercado passa a depender de forma mais
decisiva da paridade de exportação. Até aqui, as primeiras áreas colhidas de milho inverno apresentam bons rendimentos. No Paraná, a colheita
começou em algumas regiões do oeste e noroeste do estado, onde os primeiros talhões apresentam produtividade média de até 145 sacas por hectare. A
possibilidade de safra cheia nesta segunda estação tem se desenhado de forma cada vez mais decisiva.
Comentários
O fluxo das vendas externas brasileiras de milho foram pouco representativos na terceira semana de maio. De acordo com dados divulgados pela
Secretária do Comércio Exterior (SECEX), foram embarcadas 2,1 mil toneladas do cereal na terceira semana do mês, resultando que elevou o acumulado
do período para 6,1 mil toneladas, o que chega a ser 10% de um navio panamax que comporta 65 mil toneladas. O montante embarcado resultou num
fluxo médio diário de 0,4 mil toneladas. O resultado representa uma queda de 95% nos ritmo diário dos embarques frente a abril passado e 93% abaixo
de igual período de 2014. O ritmo se apresenta ainda menor que maio de 2011, de 2,5 mil toneladas/dia. O que realmente pesa na queda das exportações
são as limitações estruturais, visto que a pauta das exportações fica para o complexo soja que associado ao atraso desses carregamentos ajudou a
impactar o fluxo de embarque de milho. Mas a expectativa é que a partir do segundo semestre de 2015, o volume de exportações de milho registrado no
Brasil possa aumentar, porém o desempenho vai continuar a depender do comportamento cambial e dos preços do cereal no mercado externo, porque
os EUA possui bons volumes do grão estoques. Atualmente, à queda no dólar frente ao real prejudicou a paridade brasileira para exportação e tem
limitado o andamento das vendas antecipadas de milho de segunda safra. Talvez com a queda recente nos fretes rodoviário no Brasil assim como nos
fretes marítimos para os principais destinos do milho brasileiro, qualquer melhora na taxa cambial ou aumento nos preços externos no milho
garantiriam uma maior participação do produto no cenário externo. Diante dessas expectativas, a Informa estima que exportação variem entre 21 e 22
milhões de toneladas nesta temporada. A empresa estatal de grão da Ucrânia Gpzku planeja exportar 4 milhões de toneladas de milho para a China em
2015, em linha com o acordo de troca de grãos por financiamentos assinado em 2012, disse à agência de notícias agrícolas Latifundist citando o
presidente da estatal nesta segunda-feira em entrevista a Agencia Reuters. No mês passado, a Gpzku disse que as exportações de milho para a China
ficariam em 3,5 milhões de toneladas. "Nós já embarcamos mais de 500 mil toneladas até o momento este ano. Ainda tem tempo, mas não é realista
exportar 5 milhões de toneladas. Nós iremos focar num total de exportações de 3,7 milhões a 4 milhões de toneladas", disse Borys Prykhodko, segundo a
agência. Uma autoridade ucraniana disse este ano que o país busca dobrar suas exportações de milho para a China em 2015, ante quase 1 milhão de
toneladas em 2014. A Ucrânia colheu uma safra recorde de 28,5 milhões de toneladas de milho em 2014, mas analistas projetam uma queda na produção
este ano devido a uma redução de área.
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