Dados publicados na segunda-feira, 25 de maio, pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) indicam que as vendas de etanol hidratado pelas distribuidoras aumentaram pelo 3º mês consecutivo no Brasil, atingindo 1,50 bilhão de litros em abril de 2015. Com esse resultado, o renovável respondeu por 23,3% do consumo nacional de combustíveis do ciclo Otto, percentual muito superior aos 15,6% registrados em abril de 2014.
No Estado de São Paulo, o volume comercializado de etanol hidratado - aquele usado diretamente no tanque dos veículos - superou pelo segundo mês consecutivo a demanda de gasolina C. Em abril deste ano, as vendas estaduais do biocombustível somaram 804,24 milhões de litros, maior marca dentre os últimos 5 anos, enquanto as de gasolina alcançaram 794,25 milhões de litros. Nos últimos três meses, a participação do hidratado na demanda do ciclo Otto já ultrapassa a casa dos 40% no Estado.
Esta forte expansão no consumo brasileiro de etanol decorre do aumento dos preços da gasolina - derivado do restabelecimento parcial da CIDE (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) e do reajuste do PIS/COFINS. Reflete também a ampliação da competitividade do combustível renovável diante das alterações nas alíquotas de ICMS incidentes sobre o produto e sobre seu concorrente (a gasolina) em vários Estados.
Em Minas Gerais, por exemplo, a partir de 16 de março de 2015 o ICMS incidente sobre o hidratado carburante diminuiu de 19% para 14% e, paralelamente, a alíquota do mesmo imposto aplicado à gasolina C aumentou de 27% para 29%. Como reflexo desta mudança, as vendas de etanol somaram mais 140 milhões de litros no último mês, recorde histórico para o Estado. Desta forma, sua participação na demanda ciclo Otto atingiu 21,16%, contra um percentual médio de 9,5% em 2014.
“Nossa expectativa é de que este movimento de expansão das vendas de hidratado continue nos próximos meses, dando suporte ao maior direcionamento da cana-de-açúcar à produção de etanol”, destaca o diretor Técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues.
Fonte: UNICA
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