Bolsa de Chicago (CBOT)
Os futuros da soja em Chicago finalizaram o pregão desta quinta-feira com variações mistas entre as principais posições. A posição maio/15
finalizou o dia com queda diária de 12,0 centavos de dólar, a US$9,63/bushel em meio a movimentos de liquidação de posição pelo fato de o
contrato expirar no próximo dia 15. Por outro lado, o vencimento novembro/15, referência para a safra norte-americana, encerrou o dia com
ganho de 2,50 centavos, a US$9,37/bushel em meio a movimentos de cobertura de posições vendidas. Apesar do caráter técnico manter o
mercado da oleaginosa volátil, nota-se que não há espaço para possíveis altas mais consistentes, visto que o clima nos EUA segue favorável ao
avanço do plantio e desenvolvimento das plantações. Paralelamente, novas estimativas apontam para uma grande possibilidade de a área
cultivada com soja nos EUA crescer acima das projeções recentes do USDA. Por outro lado, a fraqueza do dólar contra as principais moedas e a
firmeza da demanda mundial pela oleaginosa, bem como os expressivos ganhos verificados no trigo, ajudou a sustentar o mercado e gerar uma
aparente estabilidade.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os preços dos contratos futuros de soja negociados na BM&FBovespa praticamente não registraram variações no encerramento da sessão desta
quinta-feira diante do fraco registro de negócios. O contrato com vencimento em julho/15, que serve de referência para lotes da safra em curso,
encerrou a sessão cotado ao final do dia a US$21,99/saca com variação negativa de 0,05% em relação ao fechamento da véspera. O mini contrato
de soja, atrelado diretamente ao comportamento da bolsa norte-americana, com vencimento em julho/15, não registrou variação em relação ao
dia anterior, cotado a US$21,10/saca. As oscilações em Chicago, o firme fluxo dos embarques e a fragilidade do cambio deixou os futuros sem
direção nesta quinta-feira.
Dólar (US$)
O dólar fechou abaixo de R$3 nesta quinta-feira, reagindo à inesperada queda dos preços ao produtor nos EUA, que corroborou outros
indicadores norte-americanos mais fracos que o esperado, reduzindo o temor de uma elevação em breve dos juros na maior economia do
mundo. A moeda norte-americana recuou 1,51%, a R$2,9927 na venda. Na véspera, números fracos sobre o varejo norte-americano já haviam
alimentado expectativas de que o Federal Reserve irá postergar o aumento de juros. Nesta sessão, essas apostas ganharam mais força após os
preços ao produtor dos EUA caírem 0,4% em abril, contra estimativas de alta de 0,2%. Nesse contexto, o dólar recuava em escala global, apesar
da volatilidade observada nos mercados mundiais de títulos soberanos. Os rendimentos dos juros dos papéis dos EUA e da Alemanha vêm
subindo com força recentemente, o que tende a diminuir a atratividade de ativos de países como o Brasil. Investidores têm afirmado que o dólar
deve mostrar dificuldade para se sustentar abaixo de R$3. Pouco após a divisa romper esse patamar pela última vez, o Banco Central sinalizou
que deve rolar apenas parcialmente os swaps cambiais que vencem em junho, levando alguns agentes econômicos a apostar que a autoridade
monetária aproveitará o alívio no câmbio para diminuir sua posição em swaps. Investidores atentavam também para a conclusão da votação na
Câmara dos Deputados da Medida Provisória 664.
Mercado Interno
No Brasil, o mercado físico da soja não registrou fluxo significativo de negócios diante da fraca atuação de ambas as pontas do mercado. O fraco
interesse comprador associada aos impactos negativos na paridade de exportação elevaram a disparidade entre os preços de compra e venda,
prejudicando a efetivação de novos negócios. O dólar voltou a perder força ante a moeda brasileira ao passo que os valores internacionais da
oleaginosa já não apresentam o mesmo ímpeto de firmeza que nas semanas anteriores em função do bom andamento do plantio da nova safra
nos EUA. Neste contexto, acrescentasse a maior disponibilidade de grão em função do término da colheita no Brasil associado ao volume de soja
ainda por comercializar. De certa forma, ainda nota uma maior resistência dos produtores em comercializar o grão a preços mais baixos pelo fato
de estarem capitalizados e sem grandes necessidades de efetivações urgentes para fazer caixa. Vale ressaltar que os agentes vendedores seguem
de olho nas oscilações cambiais assim como nos prêmios nas zonas portuárias diante de firme demanda para exportação. Os negócios nos
portos foram pontuais, visando apenas acordos para completar carregamentos e evitar maiores prejuízos com multas. No interior do país, a
atuação das indústrias processadoras ficou apenas em alguns poucos reportes.
Comentários
De acordo com o relatório semanal do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) divulgado nesta quinta-feira, o saldo das vendas
externas de soja dos EUA da semana encerrada no dia 7 de maio somaram 137 mil toneladas com entrega agendada para a safra 2014/15. Na
semana anterior, volume havia totalizado 339 mil toneladas. As expectativas do mercado, no entanto, eram de algo próximo de 200 mil
toneladas de soja. Apesar do menor volume comercializado, o resultado da temporada 2014/15 ainda se mante acima da mais da recente
projeção para as exportações da oleaginosa divulgado pelo departamento norte-americano neste mês de maio. No total acumulado no ciclo, as
vendas externas norte-americanas passou a somar 49,5 milhões de toneladas, enquanto a projeção das exportações totais para a safra em curso
passaram de 48,7 para 49,0 milhões de toneladas. Dessa forma, já existem cerca de 500 mil toneladas que foram negociadas e devem ser
despachada no ano comercial 2014/15, que termina somente no dia 31 de agosto. No ano anterior, nesse mesmo período, as vendas estavam em
44,7 milhões de toneladas. No período analisado, o maior volume comercializados foi um carregamento de 89 mil toneladas do grão por parte
do México, seguido pela União Europeia que no período adquiriu 19 mil toneladas. No período, os chineses não fizeram nenhuma aquisição. De
certa forma, o menor fluxo por parte da China remente a troca que o gigante asiático tem feito pela produto mais barato originado no Brasil. O
agentes no país asiático já confirmaram grandes compras de soja brasileiras a partir de maio deste ano. Mesmo assim, os exportadores norteamericanos
já venderam um volume recorde 8,3% superior à safra passada de soja para China, em 29,9 milhões de toneladas, dos quais cerca de
29,5 milhões já saíram do Golfo do México, 7,2% acima do despachado em igual período do ano passado.
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