Secretário de Política Agrícola reafirma que Plano Safra para próximo ciclo já está pronto
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, afirmou nesta quinta-feira (14/5) que produzir etanol a partir de milho pode ser uma opção para o excedente de produção. No entanto, ele ponderou que é preciso "trabalhar algumas questões". A fala dele ocorreu durante o 2º Fórum Etanol de Milho e Sorgo, na sede da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.
"Algumas coisas já estão sendo corrigidas, a Cide já voltou. Algumas decisões já foram tomadas que reduziram distorções que haviam antes, de a gasolina ter tratamento mais favorável que o etanol", afirmou o secretário. "Isso não é suficiente para dar segurança aos investimentos em etanol. O que precisa fazer é como transformar o etanol hidratado em produto mais rentável. A forma de fazer isso é valorizar a questão ambiental que o hidratado tem", argumentou.
Nassar disse que esse debate ainda é inicial e nada começou a ser projetado para o etanol a partir de milho. "O mais importante é a segurança. É preciso projetar o fluxo de caixa desse negócio. Hoje, o grau de incerteza é grande, o apetite por esse investimento é baixo. Se houver sinalização positiva, o dinheiro vem", avaliou.
Plano Safra 2015/2016
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, voltou a afirmar que o Plano Safra 2015/2016 está pronto, mas que decisões que não cabem a ele ainda precisam ser tomadas. Ele ponderou que é viável ocorrer o lançamento em 3 de junho e garantiu que a data da divulgação ainda não está definida apenas por uma questão de agenda.
Ele disse ainda que, além dos grandes temas do plano, outros assuntos precisam ser fechados, como um projeto para leite e para floresta plantada, além do Plano Inova Agro, que, segundo ele, tem problema de acesso. "É preciso também desburocratizar. Tem de entender por que alguns segmentos estão pegando dinheiro e outros não", afirmou.
Direto com o posto
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Ricardo Tomczyk, defendeu nesta quinta-feira (14/5), a eliminação da figura do distribuidor entre a usina produtora de etanol e o posto de gasolina. Segundo ele, isso poderia estimular a produção do combustível a partir do milho. Durante o II Fórum Etanol de Milho e Sorgo, na sede da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, ele garantiu que a produção do combustível a partir do cereal não comprometerá a oferta do grão para alimentação.
"Havendo demanda e condições para viabilizar a produção, teremos condições de gerar ainda mais excedentes. A matéria-prima está à disposição; o que precisa é de política adequada. O problema hoje está na distribuição", afirmou. Tomczyk ponderou que na forma como o mercado de etanol funciona hoje a situação é de baixa rentabilidade. "Hoje, o mercado é restrito, justamente pelo preço da gasolina, que é subsidiado, e isso afeta o mercado de etanol diretamente", observou.
Fonte: Globo Rural
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