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Técnicas desenvolvidas pela Reunion Engenharia permitem identificar possibilidades de melhorias aliadas ao custo e benefício | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Técnicas desenvolvidas pela Reunion Engenharia permitem identificar possibilidades de melhorias aliadas ao custo e benefício

Não é novidade que a estiagem foi um dos fatores responsáveis pela queda da produtividade agrícola nas lavouras de cana-de-açúcar na safra 2014/15 e que não afetou ainda, de maneira geral, o processo de produção industrial. Mas caso a situação se prolongue, o setor terá que se preocupar e investir em um plano de contingência.

Uma usina hoje, de mix equilibrado em açúcar e etanol, deve ter um consumo de água ao redor de 1,0 m³/t cana processada. Grande parte da água utilizada no processo industrial vem da própria cana (cerca de 70% do peso dos colmos) na forma de condensados vegetais que são reaproveitados para processos, tais como embebição da cana, lavagem de torta dos filtros, limpezas diversas entre outros.

Mas, os grandes vilões desta história são os sistemas de resfriamento, cujo consumo de água é significativamente elevado. Portanto, a implantação de novas medidas que reduzam ainda mais os resfriamentos e a captação, deve ser pensada a curto e médio prazo. O Estudo do Sistema Hídrico, desenvolvido pela Reunion Engenharia, busca ter uma visão macro de todo o sistema atual e auxiliar o cliente na adequação às novas normas ambientais para torná-lo sustentável e até mesmo autossuficiente em água, o que já acontece com a geração de energia.

Segundo Danilo Piccolo, mestre em Engenharia de Processos, PMI-PMP® e gestor de projetos na Reunion Engenharia, esse estudo ou mapeamento detalhado da situação do sistema hídrico de uma planta possibilita a identificação de possíveis pontos de melhorias envolvendo custo-benefício. “Quando a análise é feita, é possível desenvolver vários cenários de melhorias para estudar o caminho mais eficiente e atingir o consumo de água desejado”, comentou.

O trabalho é fundamentado no seguinte tripé: redução da captação de água, reutilização de águas e condensados e minimização do descarte de efluentes industriais. Para isso, a REUNION desenvolve o balanço hídrico da planta, integrando-o ao balanço de massa e energia de modo a simular os efeitos de variáveis como mix, qualidade da cana e sistema energético, sobre o sistema hídrico. “O novo conceito integrado de sistema hídrico que a Reunion está trabalhando vai trazer importantes avanços na redução do consumo específico de água das usinas. Nossa intenção é chegar abaixo de 0,5 m³/t cana dependendo da necessidade (e da capacidade de investimento) da planta”, alertou Piccolo.

Como economizar água nas usinas - Existem diversas formas das usinas economizarem água, entre elas: Não desperdiçar água condensada, mesmo que seja necessário resfriá-la antes da utilização; Utilizar fluidos como flegmaça para limpezas de tanques e equipamentos; Limitar limpezas de pisos e lavagem de equipamentos; Trabalhar com concentrações de vinho maiores para reduzir o volume de vinhaça e medir as águas residuárias da planta para que se possa gerenciar quanto da água captada está sendo perdida.

O que muitos, talvez, não saibam é a existência de tecnologias para reduzir a captação de água, tais como: Circuitos fechados com torres de resfriamento ou condensadores evaporativos para fermentação, destilação, turbinas de condensação e fábrica de açúcar; Sistemas de regeneração para minimizar a utilização de água de resfriamento; Sistema de resfriamento de condensado para reuso; Sistemas de limpeza de cana a seco e Sistema de concentração de vinhaça.

De acordo com o gestor de projetos, o custo de implantação destas tecnologias pode variar muito de acordo com a opção desejada e o nível de uso de água ao qual se precisa chegar. “Podemos falar de R$ 5-10 MM para um sistema de circuito fechado de resfriamento de torres de fermentação, a R$ 30-40 MM para sistemas de concentração de vinhaça”, disse.

Case de sucesso – Um exemplo é o Estudo feito na Usina Barra Grande, do Grupo Zilor, para a Adequação do consumo específico de água da planta. Neste Estudo, a Reunion conseguiu atingir a meta do Projeto que era reduzir o consumo específico de água para 0,81 m³ por tonelada de cana com algumas adequações no processo, tais como o fechamento dos circuitos da destilaria, fermentação, entre outras.

Sobre a Reunion Engenharia – Fundada em 17 de junho de 1993, a empresa possui sede em Santana de Parnaíba e filial em Ribeirão Preto, SP. A Reunion Engenharia se destaca pelo número de projetos já realizados, principalmente, no setor sucroenergético, pela busca da redução dos impactos ambientais, priorizando a segurança e pelas ações estratégicas em prol do setor. Entre os Projetos de usinas de açúcar, etanol e indústrias de outros segmentos já implantadas, somam mais de 500 trabalhos em quase todos os Estados do Brasil e, também, em outros países como Alemanha, Austrália, Áustria, Bolívia, Cuba, Estados Unidos, Filipinas, Ilha da Madeira, Índia e Peru.


Fonte: JSM Comunicação

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