Bolsa de Chicago (CBOT)
Os contratos de milho negociados na bolsa de Chicago abriram a semana com perdas generalizadas em meio a movimentos de liquidação de posições e
ajustes técnicos antes do relatório mensal do USDA. A posição mais ativa, vencimento maio/15, registrou modesta baixa de 0,25 centavo de dólar, cotado
ao final do dia a US$3,58¼/bushel, ao passo que o contrato com vencimento em julho/15 encerrou o dia com recuo diário de 2,50 centavos de dólar,
cotado ao final do pregão a US$3,60½/bushel. Em mais uma sessão marcada por baixa liquidez e movimentos de ajuste de posições, as quedas nos preços
foram fundamentadas no bom andamento dos trabalhos de campo nos EUA. Novos relatório de meteorologia sinalizam que as condições climáticas
seguirão favoráveis sobre as áreas de produtoras norte-americana, o que deverá colaborar para a breve conclusão do plantio, diminuído os riscos
climáticas sobre as lavouras. Dados do USDA apontaram que cerca de 75% da área projetada para a safra 2015/16 já foi semeada, contra 55% no ano
passado. As quedas foram minimizadas pelo firme ritmo dos embarques nos EUA.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os contratos futuros de milho negociados na BM&Fbovespa começaram a semana do lado negativo da tabela em meio a manutenção dos movimentos
de liquidação de posições. O vencimento maio/2015, referência para o mercado disponível, terminou o dia com modesta baixa de 0,12% cotado a
R$25,36/saca ao passo que o vencimento setembro/15, que baliza os contratos com lotes da segunda safra, registrou baixa de 0,51%, cotado a
R$25,40/saca. Apesar da forte valorização do dólar frente ao real, os preços internacionais do milho ainda sentem os impactos dos elevados estoques
globais e o bom andamento do plantio da safra norte-americana, o que eleva a disputa pela apetite externo. Aqui no Brasil, a produção da segunda safra
caminha para mais uma colheita satisfatória e o comportamento cambial associada a necessidade de acelerar as exportações de soja seguem decisivos
para embarques de milho no segundo semestre.
Dólar (US$)
O dólar disparou nesta segunda-feira, após cair nas quatro sessões anteriores, e voltou a fechar acima de R$3, reagindo a renovadas preocupações com a
crise em torno da dívida grega, apesar de a China ter cortado os juros no fim de semana. A moeda norte-americana fechou em alta de 2,31%, a R$3,0525
na venda. O dólar também ganhava terreno contra o euro e outras moedas emergentes, como os pesos chileno e mexicano, mas o movimento foi mais
forte no Brasil após a divisa acumular queda de 3,16% nos quatro sessões anteriores. Alguns operadores acreditam que o BC pode aproveitar a queda
recente da moeda norte-americana para reduzir sua posição em swaps cambiais, o que limita o espaço para quedas. Nesta manhã, a autoridade
monetária vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. Ministros das Finanças da zona do euro reuniram-se nesta
segunda-feira para discutir um possível acordo que traga alívio ao aperto de liquidez pelo qual passa atualmente a Grécia. O ministro grego, Yanis
Varoufakis, afirmou logo cedo que as chances de se chegar a um acordo na reunião desta segunda-feira eram baixas, mas o país não atrelou o
pagamento da parcela de 750 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que vence na terça-feira a essa reunião. À tarde, o Eurogrupo
elogiou em comunicado os progressos nas negociações, mas ressaltou que ainda é necessário avançar muito mais para chegar a um acordo. A apreensão
com a situação da Grécia compensou o corte, anunciado no domingo, das taxas de juros da China pela terceira vez em seis meses, com o intuito de
estimular a segunda maior economia do mundo, que deve ter em 2015 seu pior desempenho em 25 anos.
Mercado Interno
O mercado físico de milho abre a semana com baixa liquidez de negócios. O mercado evolui de forma moderada em função da cautela entre ambas as
pontas do setor. Compradores veem na segunda safra mais uma oportunidade de efetivações a preços mais baixos e sem a necessidade de formação
mais urgentes de estoques. As margens do setor de proteína animal e do ramo alimentícios seguem favoráveis diante dos baixos preços do cereal no
mercado físico, mas munidos de boas disponibilidades, as indústrias procuram efetuar alguns poucos acordos a preços mais baixos. Por outro lado, os
vendedores atuam em compasso de espera. A prioridade é comercializar a soja que apresenta valores mais remuneradores e comercializar milho na
medida em que as lavouras de inverno sinalizam rendimentos satisfatórios. A oferta havia aumentado nas semanas anteriores devido à necessidade de
fazer caixa, cobrir despesas de pós-colheita e abrir espaço nos silos. A produtividade satisfatória das lavouras de verão também motivaram os
vendedores a abrir mão de alguns lotes disponíveis, visto que os preços ainda garantiam margens. Nesse contexto, o mercado físico evolui de forma
comedida, mas com oscilações pontuais nos preços. No portos, os negócios ainda são focados em antecipações. As vendas antecipadas no interior do
país ainda se concentram nos Estados de Goiás e Mato Grosso.
Comentários
O fluxo das vendas externas brasileiras de milho reduziu drasticamente no mês de maio. De acordo com dados divulgados pela Secretária do Comércio
Exterior (SECEX), foram embarcadas apenas 3,6 mil toneladas do cereal no acumulado da primeira semana do mês, resultando num fluxo diário de 0,7
mil toneladas. O resultado representa uma queda de 91% nos ritmo diário dos embarques frente a abril passado e 88% abaixo de igual período de 2014.
O ritmo se apresenta ainda menor que maio de 2011, de 2,5 mil toneladas/dia. As condições de paridade não favorece a saída do produto ao mercado
externo, sobretudo pela pressão baixista ocasionada pelo queda no dólar, que impacta o poder de compra dos importadores. Porém, o que realmente
pesa na queda das exportações são as limitações estruturais. A pauta das exportações fica para o complexo soja e o atraso desses carregamentos ajudou a
impactar o fluxo de embarque de milho. Mas a expectativa é que a partir do segundo semestre de 2014, o volume de exportações de milho registrado no
Brasil possa aumentar, porém o desempenho vai continuar a depender do comportamento cambial e dos preços do cereal no mercado externo, porque
os EUA possui bons volumes do grão estoques. Atualmente, à queda no dólar frente ao real prejudicou a paridade brasileira para exportação e tem
limitado o andamento das vendas antecipadas de milho de segunda safra. O preço médio do milho nos portos brasileiros deverá ficar 15% inferior a
igual data do ano passado no segundo semestre com base nos contratos efetivados nas zonas portuárias nos meses de março e maio, em US$175 por
tonelada, no golfo dos EUA, o valor pago FOB está em US$195 por toneladas, elevando a competitividade do produto brasileiro frente ao norteamericano.
O fluxo das exportações dos EUA ganhou intensidade, visto que a atuação brasileira está focada nos embarques de soja. Talvez com a queda
recente nos fretes rodoviário no Brasil assim como nos fretes marítimos para os principais destinos do milho brasileiro, qualquer melhora na taxa cambial
ou aumento nos preços externos no milho garantiriam uma maior participação do produto no cenário externo. Diante dessas expectativas, a Informa
estima que exportação variem entre 21 e 22 milhões de toneladas nesta temporada.
Mercado de Frango
O mercado disponível de frango vivo do interior de São Paulo
apresentou vendas bem típicas na sexta-feira, ou seja, com volumes
reduzidos, uma vez que foram efetivadas com os clientes
tradicionais desse dia da semana. As ofertas prosseguiram
excessivas, ultrapassando bastante a capacidade da demanda atual
de absorvê-las. Portanto, o ambiente de negócios continuou fraco,
bem como o preço básico no patamar de R$ 2,20 por quilo na granja,
com negócios diferenciados a valores inferiores. Ficou evidente que
o frango vivo não teve um desempenho compatível com o início do
mês, apesar do abatido ter conseguido melhoras. Em Minas Gerais,
a cotação ficou inalterada em R$ 2,25 por quilo na granja, com
fechamentos abaixo, em mercado fraco. Para os carregamentos do
domingo, a estabilidade foi a tônica para ambos os Estados. Assim
como nos outros dias, a sexta-feira sustentou uma boa dinâmica dos
negócios. Tanto é que as vendas de frango abatido e recortes para o
comércio de São Paulo alcançaram os volumes esperados.
Confiantes em um aquecimento do consumo durante o final de
semana de Dia das Mães, favorecido também pelo pagamento dos
salários, os frigoríficos acreditam em uma reposição significativa
hoje. Os preços seguiram firmes, com ajustes sutis. A maior parte
das empresas estão com estoques bem regulados para iniciar esta
semana.
Mercado de Ovos
Para os carregamentos do final de semana, houve muita discussão e
impasse, pois as negociações (algumas ficaram até em aberto)
estiveram à mercê dos avicultores, que já vinham determinados a
impor reajustes e no sábado, especialmente, foram bem irredutíveis
neste sentido. O respaldo veio de uma melhora nas condições do
mercado, além das particularidades da semana passada, com a
evolução rápida do varejo, evidenciando-se de quinta-feira para cá.
Com isso, toda a cadeia de comercialização se movimentou bem.
Simultaneamente, as ofertas se reduziram bastante. O mercado
operou firme e em alta, com relatos de situações diferenciadas.
Mercado de Suínos
A movimentação das vendas de carcaças in natura para o comércio
de São Paulo assumiu um ritmo mais condizente com o início do
mês. Porém, restava aguardar uma manifestação mais marcante dos
consumidores, não só pelo Dia das Mães como também pelo clima
frio. Porém, no quesito preço, ainda não houve condições de impor
correções, visto que as facilitações para fechamentos de maiores
quantidades ainda foram detectadas. Já no mercado físico do
interior paulista, o ambiente de negócios se firmou como resposta ao
fortalecimento da procura e ofertas ajusta das para atendê-la.
Acontece que os produtores resistiram aos valores que recebiam
antes e pleitearam valorizações, obtendo-as. Hoje, será possível
estabelecer a definição para as programações da semana.
16 3626-0029 / 98185-4639 / contato@assovale.com.br
Criação de sites GS3