Em 2014, indústria moeu mais de 948 mil toneladas de cana no estado.Produtores depositam a esperança no último mês do período chuvoso.
A escassez de chuvas dificulta a produção da cana-de-açúcar no Piauí. A cidade de União, Norte do estado, é um dos maiores produtores do estado e passa hoje por grandes dificuldades.
Numa usina com mais de 500 trabalhadores são plantados 50 hectares por dia, durante todo este período de plantio. Mas preocupação dos produtores está na colheita, que deve começar no mês de junho. O motivo é que as chuvas estão abaixo da média este ano, os piores meses foram de janeiro e fevereiro, mas até a primeira quinzena de abril choveu 200 milimetros, menos do que o mesmo período de 2014.
A cana mostra no tronco o quanto faltou de água para o desenvolvimento da planta. "Uma cana com seis meses de cortada mostra a época onde ela faltou água. Nos meses de novembro a fevereiro os entrenós dela estão bem curtos, o que representa o desperdício de um metro de cana. Quando o inverno melhorou ela se alongou um pouco até chegar no entrenó de padrão normal de 10 a 15 cm", explicou gerente agrículo Eduardo Menezes.
No ano passado a produção de cana-de-açúcar foi de 68 toneladas por hectare. A expectativa para este ano é manter a mesma média devido a falta de chuvas. "Tívemos um inverno que chegou tarde e a esperança é que ele se alongue. Normalmente ele vai até a primeira quinzena de maio e esperando que este ano siga até junho", disse.
O inverno prolongado deve refletir na produção de açúcar e etanol do Piauí. Agora as máquinas da indústria estão paradas e só voltam a funcionar em junho, junto com a colheita. "A dimimuição da cana acarreta na baixa produção, mas a estimativa para 2015 é repetir a produção do ano passado", declarou o gerente industrial Jonas César da Silva.
Em 2014, com a cana de todos os produtores do estado a indústria moeu mais de 948 mil toneladas, o que deu origem a 1.608 milhão sacos de 50 kg de açúcar e mais 32 milhões de litros de etanol. Já ano de 2015 foi um dos três piores anos em volume de chuvas dos 32 anos estudados pela empresa, eles não devem alcançar esta meta.
Para mudar a previsão, os produtores depositam a esperança no último mês do período chuvoso. "Nós não temos nem expectativa, mas esperança de que o mês de maio seja superior a média e se isso acontecer nós teremos um ano próximo da normalidade", declarou o diretor da empresa, Luiz Fernando Ferreira de Melo.
Fonte: Portal G1
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