O ritmo de moagem de cana na região Centro-Sul do Brasil, a principal produtora de cana-de-açúcar do país, fez com que os preços do açúcar nas bolsas internacionais caíssem ontem (28) no comparativo com a véspera, encerrando um ciclo de quatro sessões de altas consecutivas. Nem mesmo o relatório da Única - União da Indústria de Cana-de-açúcar, que apontou para a preferência da produção de etanol, em detrimento do açúcar, nos primeiros 15 dias da safra 2015/16, deu sustentação para os negócios.
No vencimento maio/15, a commodity fechou ontem, na bolsa de Nova York, com baixa de 14 pontos e negócios firmados em 13,17 centavos de dólar por libra-peso. Nos demais vencimentos as quedas oscilaram entre 12 e 16 pontos.
Em Londres o açúcar fechou cotado, na tela de agosto/15, em US$ 376,50, queda de 1,30 dólar. Nos demais vencimentos a commodity desvalorizou entre 40 cents e 1,40 dólar.
Análise trazida pelo jornal Valor Econômico desta quarta-feira mostra que o andamento da moagem de cana na principal região produtora do Brasil, aliado ao fato de algumas traders acreditarem "que um grande volume de açúcar será entregue quando expirar o contrato de maio negociado na ICE Futures", foram os fatores que contribuíram para a desvalorização do açúcar na bolsa de Nova York.
Mercado doméstico
No mercado paulista, o açúcar fechou em alta de 0,33% no comparativo com a véspera, segundo dados do Cepea/Esalq, da USP. Os negócios foram firmados em R$ 51,73 a saca de 50 quilos do tipo cristal, contra R$ 51,56 de segunda-feira.
Safra 2015/16
O relatório da Unica, divulgado ontem, com o balanço de safra entre os dias 1º a 15 de abril, mostrou que o mix deste início de safra está em 70% da cana direcionada para a produção de etanol, contra 30% para o açúcar. No mesmo período da safra passada, o mix era 65% para o biocombustível contra 35% para o açúcar.
Com cerca de 18,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas na primeira quinzena da temporada, a produção de etanol ficou em 801 milhões de litros, entre anidro e hidratado, e 548 mil toneladas de açúcar, número 2% inferior que a produção de igual período do ano passado.
Etanol
Os preços do etanol hidratado, conforme os índices da Esalq/BVMF, fecharam ontem (28) em queda, cotados a R$ 1.203,00 o metro cúbico. Baixa de 0,46% no comparativo com as cotações de segunda-feira. Há três sessões o etanol vinha se valorizando de forma tímida.
Rogério Mian
Fonte: Agência UDOP de Notícias
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