O terminal de açúcar inaugurado na semana passada em Guará (SP) deve movimentar 2,3 milhões de toneladas do produto ao ano, segundo a empresa responsável pela operação. O complexo vai integrar regiões produtoras no interior de Goiás, Triângulo Mineiro e Ribeirão Preto, fazendo com que a carga seja escoada de trem até o Porto de Santos, no litoral de São Paulo, principal canal de exportação da produção brasileira.
De acordo com o diretor comercial da empresa operadora do terminal, Fabiano Lorenzi, a vantagem do sistema integrado é a rapidez do processo de carregamento e transporte do açúcar até o destino final. Segundo Lorenzi, com o uso de equipamentos tecnológicos, um trem com 89 vagões pode ser carregado em seis horas. Sem o terminal, o processo poderia demorar até 75 horas.
O complexo com área de 24 mil metros quadrados foi instalado às margens da Rodovia Anhanguera, próximo à entrada de Guará. "Como está próximo das usinas, o terminal vai viabilizar uma maior eficiência na recepção e na descarga dos caminhões que carregam o produto. Quando você trabalha desintegrado e descoordenado você acaba tendo muitos custos altos. Mas, desse jeito, a ineficiência será bem menor", afirma Lorenzi.
Segundo o diretor, cada vagão suporta uma carga equivalente à transportada por três caminhões. Com 150 funcionários contratados, o terminal tem capacidade para armazenar 40 mil toneladas de açúcar e descarregar 300 caminhões por dia, o que representa uma redução considerável da quantidade de veículos trafegando pelas rodovias do Estado de São Paulo.
Para o diretor comercial Ricardo Carvalho, um dos principais problemas no Brasil é a falta de logística na distribuição e escoamento dos produtos agrícolas, principalmente pelas dimensões do território. Diante do cenário, o transporte por trem é uma alternativa mais viável e eficiente em relação ao transporte realizado por caminhões, predominante no país. "O Brasil ainda é muito concentrado no transporte rodoviário comparado a outros países exportadores. Então, o terminal aumenta a flexibilidade de transporte da cadeia brasileira, o que reflete nos preços de venda", diz.
Carvalho acredita que a flexibilidade aumenta a competitividade do produto brasileiro no exterior, a partir da redução dos custos. "É um benefício para todos os elos da cadeia, os produtores da usina, o transporte e o produto lá fora", destaca.
Fonte: Portal G1
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