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Indústria sucroalcooleira em marcha lenta | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Indústria sucroalcooleira em marcha lenta

O dólar acima de R$ 3, próximo a recentes picos de 12 anos, não será capaz de estimular umfortecrescimento da produção de açúcar no Brasil este ano. A maior parte das indústrias sucroalcooleiras, muitas delasemsituaçãofinanceira delicada, não têm conseguido acessar as custosas operações de travamento de preços e de câmbio nos mercados futuros.

A avaliação, feita por analistas, vai na direção contrária à da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que apontou um crescimento de mais de 5% na produção de açúcar do centro-sul em 2015/16, citando o câmbio como estímulo para as exportações.

Um dólar valorizado se converte em mais reais no caixa dos produtores de açúcar do Brasil, líder global na produção e exportação do adoçante. "O argumento de que o dólar favorece fixações de açúcar é correto, mas isso não se aplica a todos. Para a Usina fazer isso, ela tem que ter um certo crédito junto a bancos e junto a tradin-gs, para poder fazer. O risco é da trading e do banco, e nem todas as usinas estão em condições (financeiras) de fazer isso", diz o analista Júlio Borges, da Job Economia.

Segundo Borges, o fato de a fixação de preços futuros ser restrita, implica em dizer que a produção de açúcar pode ter um crescimento menor do que o projetado pela agência estatal. Em exercício elaborado pela consultoria, a fixação do preço futuro do açúcar bruto em Nova York, nos contratos julho, outubro e março de 2016, e do câmbio, para os respectivos meses, resultaria em um preço de R$ 0,44 por libra-peso para a Usina.

Numa operação de curto prazo, mais barata, com o primeiro contrato do açúcar em Nova York e do dólar na BM& FBovespa, a receita seria de R$ 0,397 por libra-peso.

"É como se a maioria ficasse assistindo a oportunidade (do ganho maior pela fixação) passar pela TV", diz Júlio Borges, explicando que operar em mercados futuros de dólar e de açúcar exige chamadas de margens expressivas, que inviabilizam operações financeiras de uma parcela grande de um setor bastante endividado.

Muitas usinas têm sofrido nos últimos anos com baixa remuneração e políticas públicas de preços de combustíveis que limitam repasses de custos ao Etanol.

"Na nossa opinião, essa próxima safra não teria um viés açucareiro e, a favor dessa minha posição, está a demanda de Etanol hidratado, que vai aumentar muito, pelo efeito Minas Gerais (que reduziu a tributação), e também pela mistura do anidro (na gasolina, que aumentou de 25% para 27% em 2015)", acrescenta o analista da Job, que ainda não publicou suas estimativas de produção de açúcar e Etanol para 15/16.

A demanda adicional por Etanol na safra do centro-sul, que começou oficialmente em 1º de abril, torna mais difícil que a produção de açúcar cresça mais do que a de Etanol, aponta o analista Fábio Meneghin, da Agroconsult. Para ele, ainda que o câmbio melhore os preços do açúcar em real, o dólar ainda não é suficiente para elevar as cotações ao ponto de gerar um aumento substancial da produção do adoçante.

"Mesmo com o câmbio desvalorizado, as margens do açúcar na média não chegam a superar as do Etanol. Para o açúcar comprar mais cana, é preciso ter uma diferença mais significativa", avalia Meneghin. Reuters

Para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de açúcar do Centro-Sul em 2015/16 pode se expandir mais de 5% com o estímulo do câmbio às exportações.


Fonte: Brasil Econômico

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