Apesar da crise enfrentada pelo setor surcroalcooleiro, a Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro) - uma das maiores do setor - espera um crescimento de 27,2% nos negócios na edição de 2015, prevista para ocorrer entre 25 e 28 de agosto, em Sertãozinho (SP). Durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (31), em Ribeirão Preto (SP), a organização do evento afirmou que aposta na vertente bioenergética para alavancar as negociações, que podem chegar este ano a R$ 2,8 bilhões, segundo as projeções.
Segundo o gerente geral da feira, Paulo Montabone, o investimento na geração de energia elétrica a partir do bagaço da cana pode ser a saída para as dificuldades do setor sucroenergético graças a outra crise: a da falta d´água. "A cogeração energética é a bola da vez por causa da crise hídrica e a falta de energia vai fazer com que o setor sucroenergético se sobressaia", afirma. "Hoje temos uma Itaipu e meia parada, podendo cogerar energia".
A possibilidade de mercado fez com que os expositores do setor energético saltassem de cinco para 20 em um ano, de acordo com os organizadores, e uma área específica para tratar desse tipo de negócio será montada no Centro de Eventos Zanini, onde ocorrerá a Fenasucro no mês de agosto. "Teremos a CPFL, subsidiária que compra e comercializa energia para distribuir na rede, e a Gás Brasiliano, que pode entrar com o biogás dentro das caldeiras para aumentar a eficiência energética", comenta Montabone.
Luz no fim do túnel
Os organizadores do evento ainda esperam a realização de três leilões de biomassa do bagaço de cana, entre maio e julho deste ano, para otimizar os negócios. Segundo o presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise BR), Antônio Tonielo Filho, há pelo menos 75 projetos cadastrados para participar das rodadas de negociação do material aproveitado da cana-de-açúcar. "Estamos lutando para viabilizar a entrada das usinas e se 35 ou 40 vingarem poderemos ter na Fenasucro uma movimentação na parte energética em que veremos essa luz para a feira continuar sendo o que sempre foi", diz.
Além dos investimentos na geração de energia sustentável, os incentivos dados ao setor nos últimos meses - como desoneração de impostos e o aumento do percentual de álcool anidro na mistura com gasolina - podem aliviar a crise enfrentada por usineiros e produtores de cana. Os estímulos podem aumentar os interesses de investimento durante a feira, que no ano passado gerou R$ 2,2 bilhões em negócios.
Outros expositores
Apesar do aumento das projeções nos negócios, a feira manteve a área de exposição da última edição. Serão 550 empresas expositoras nos 75 mil metros quadrados no centro de exposições, com produtos para suprir desde a fase de plantio até a produção de etanol e açúcar. São esperados 33 mil visitantes e compradores nos pavilhões da Fenasucro.
Fonte: Portal G1
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