A produção de quase 200 milhões de toneladas de grãos e a recuperação dos preços da carne bovina garantiram crescimento de 0,4% da agropecuária em 2014, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado positivo teve origem no incremento de 5,8% na colheita de Soja e de 8,8% na de Mandioca. Especialistas avaliaram que o setor não apresentou números mais robustos porque a baixa qualidade da Infraestrutura para escoamento de safra impede o desenvolvimento de mais lavouras e pastos.
Os analistas ainda detalharam que a seca também prejudicou o desenvolvimento de diversas culturas, como de Cana-de-açúcar (-6,7%), Milho (-2,2%), café (-7,3%) e laranja (-8,8%). A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu (PMDB-TO), comemorou a expansão do setor mesmo com as interferências climáticas que resultaram em perdas em todo o país. "Para 2015, esperamos um avanço ainda maior. Somos otimistas porque crescemos de forma sustentável e respondendo a altura do que a economia precisa", afirmou.
Para o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antonio da Luz, o país chegou perto do limite de produção porque as Rodovias e portos do Brasil não têm a infraesturura adequada para escoar grãos e carnes. Além disso, com o baixo crescimento da economia, a inflação elevada e o aumento do desemprego, a demanda interna por alimentos diminui. Luz ressaltou ainda que o custo de produção cresce com a alta do dólar, que encarece os insumos do setor.
O presidente da União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Odacir Klein, ressaltou que a variação do preço das commodities também pesou no resultado. Conforme ele, com a queda na cotação dos grãos, alguns produtores ficaram reticentes em expandir as lavouras, porque os custos de produção estão em alta. "Temos que melhorar as condições para o produtor da porteira para fora. Dentro das fazendas, fazemos o que há de melhor no mundo", comentou.
USP vê alta de 1,59%
Nas contas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP, o agronegócio brasileiro encerrou 2014 com expansão de 1,59%. Nas avaliação dos pesquisadores da universidade, o resultado é modesto se comparado ao crescimento registrado em 2013, de 5,22%. Conforme as projeções do Cepea, o contraste no desempenho das lavouras e da pecuária é responsável pela desacelaração do setor. Enquanto a Agricultura fechou o ano passado em ligeira baixa de 0,75%, o crescimento da pecuária chegou a 6,91%
Fonte: Correio Braziliense
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