Uma colheita bem feita exige planejamento. Por isso, para o consultor Luis Antonio Bellini, coordenador do GMEC (Grupo de Motomecanização do Setor Sucroenergético), o foco do produtor não pode ser apenas no equipamento, no caso, a colhedora de cana. Todo o sistema precisa ser preparado. “A colheita mecanizada começa lá atrás, quando a terra é arrendada, e depois no preparo do solo, no nivelamento da área, no plantio. Tudo deve ser feito pensando que a cana será plantada com máquina”, explica Bellini.
Depois, quando chega o momento certo de o talhão ser colhido, entra em cena a colhedora. E toda operação com o equipamento precisa ser bem conduzida: o operador da máquina tem que ser bem capacitado; a colhedora precisa ter boa manutenção; a operação precisa ser dimensionada para o equipamento, ou seja, é necessária uma quantidade adequada de transbordos e caminhões trabalhando em sintonia com determinada colhedora. Toda logística da operação tem que ser bem administrada. “Tudo deve estar voltado à qualidade da operação, afinal a colhedora não pode parar.”
Segundo Bellini, poucas usinas no Brasil têm condições de trabalhar em alta velocidade porque os canaviais não estão preparados. “E operar a máquina na velocidade errada pode prejudicar todo o equipamento. Com a movimentação, existe a transferência da vibração. Aí surgem trincas, desgaste do material rodante etc.” Neste caso, a canteirização pode ser uma solução para a colheita de alta performance.
COLHEITA EM DUAS LINHAS
Para Bellini, o desafio mais urgente da colheita mecânica está no desenvolvimento das máquinas que colhem em duas linhas. “Hoje, as que o produtor tem à disposição no Brasil são colhedoras adaptadas e não projetadas para isso. Os dois fabricantes que oferecem este tipo de equipamento adaptaram para colher em duas linhas por conta de demanda de algumas usinas”, relata. Segundo ele, o conceito de colher em duas linhas é interessante. “Mas acho que ainda não temos máquinas perfeitamente adaptadas para esta operação, pois temos perda grande no corte de base por conta do sistema utilizado.”
A qualidade da colheita mecanizada de cana-de-açúcar e as tecnologias utilizadas nesta operação serão debatidas no 17º Seminário de Mecanização e Produção de Cana-de-Açúcar, que acontece nos dias 25 e 26 de março. O evento é promovido pelo Grupo IDEA no Centro de Eventos Taiwan, em Ribeirão Preto, SP.
Em paralelo ao Seminário acontece a 6ª Mostra de Máquinas e Equipamentos Agrícolas.
Veja a programação completa do 17º Seminário de Mecanização e Produção de Cana-de-Açúcar aqui: http://www.ideaonline.com.br/evento-sobre/17-seminario-de-mecanizacao-e-producao-de-cana-de-acucar
Serviço:
17º Seminário de mecanização e produção de cana-de-açúcar
Data: de 25 a 26 de março
Local: Centro de Eventos Taiwan
Mais informações: (16) 3211-4770
Inscrições: http://www.ideaonline.com.br/evento-sobre/17-seminario-de-mecanizacao-e-producao-de-cana-de-acucar
Fonte: Assessoria de Comunicação Grupo IDEA
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