Com uma dívida rondando os R$ 3 bilhões e pagamentos atrasados a fornecedores, trabalhadores, detentores de bônus e bancos, o tradicional Grupo Virgolino de Oliveira (GVO) tenta sobreviver em meio à tempestade.
A sucroalcooleira, com suas quatro usinas em São Paulo e capacidade para moer 12 milhões de toneladas, enfrenta grandes dificuldades para iniciar a safra 2015/16.
Fornecedores de calcário e de peças de veículos já pediram a falência do grupo. Há ainda outros fornecedores e empresas que prestam manutenção às usinas que não estão atendendo a GVO por falta de pagamento. Alguns produtores de cana e arrendatários de terra comunicaram à empresa quebra de contrato. Para piorar, a empresa deixou de tratar a cana da forma como deveria e a qualidade do canavial se deteriorou.
Com a safra começando em poucas semanas, esse cenário sombrio gera desconfianças sobre a operação das quatro usinas da companhia.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a companhia, colocando a GVO em situação de default (calote) técnico. Na avaliação do responsável pela análise a empresa está “a um passo de virar um default oficializado”.
A falta de alternativas pressiona cada vez mais o grupo a pedir recuperação judicial. No entanto, diferente de outras companhias do setor, a GVO parece disposta a buscar todos os recursos para evitar a medida.
“A GVO é uma empresa séria, idônea, e eles estão querendo esgotar as possibilidades possíveis para [só então] fazer o pedido de recuperação [judicial]. Estão tentando tudo antes da última cartada”, acredita o especialista da Fitch Ratings, Cláudio Miori.
Em projeções divulgadas pelo grupo a investidores, as quais o novaCana tomou conhecimento, a GVO trabalha com dois cenários operacionais, ambos condicionados à restruturação da dívida que está sendo negociada há aproximadamente seis meses.
Confira a seguir os detalhes destes dois cenários traçados pela empresa. Para entender melhor a situação da GVO, o portal novaCana também ouviu profissionais da região e a agência Fitch Ratings.
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