Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE Futures, em Nova York, caíram para uma mínima de seis anos nesta terça-feira e os do café arábica recuaram para perto de uma mínima de 13 meses devido a uma desvalorização do real, que estimula vendas de produtores no Brasil e de especuladores.
O contrato maio do açúcar bruto encerrou com queda de 0,25 centavo, ou 1,9 por cento, a 13,02 centavos de dólar por libra-peso, depois de tocar 12,98 centavos durante a sessão, menor valor para o primeiro contrato desde abril de 2009.
"A principal razão para a fraqueza do açúcar é a fraqueza do real", disse Claudiu Covrig, analista agrícola sênior da Platts Kingsman.
"Além disso, fundos de investimento estão fugindo das commodities e indo para o mercado de ações", afirmou.
O operador sênior da Sucden Financial Sugar, Nick Penney, disse que a fraqueza do real ante o dólar motivou uma corrida das usinas brasileiras para fechar contratos futuros para garantir o preço de suas exportações.
"O tempo também tem melhorado nas áreas de cultivo do Brasil, com chuvas constantes, favorecendo a cana antes do início da safra", disse Penney.
O contrato maio do açúcar branco fechou com queda de 2,10 dólares, ou 0,6 por cento, a 365,80 dólares por tonelada.
Produtores brasileiros também buscaram travar preços em real para a produção de café, com operadores acrescentando que a fraqueza do real também atraiu vendas de especuladores.
"Eles (produtores brasileiros) estão vendendo e os especuladores estão vendendo também, e os torrefadores estão lá sentados dizendo ´podem vir´", disse Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group, em Chicago.
O maio do café arábica fechou com queda de 1,95 centavos, ou 1,4 por cento, a 1,3505 dólar por libra-peso, perto da mínima de 13 meses registrada na terça-feira passada, de 1,2888 dólar.
A maior parte das vendas foi para o contrato maio, provocando uma ampliação do desconto ante o vencimento julho para uma máxima de contrato de 3,5 centavos.
O maio do café robusta caiu 15 dólares, ou 0,8 por cento, a 1.856 dólares por tonelada, também pressionado pela força do dólar ante outras moedas
Fonte: Reuters
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