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Catanduva Teve 81,3% de área Colhida Por Máquinas na Última Safra | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Catanduva Teve 81,3% de área Colhida Por Máquinas na Última Safra

Porcentagem é inferior a média do Estado e estimativa é de 3.215 cortadores trabalharam

Catanduva teve 81,3 % de área colhida por máquinas na colheita de cana-de-açúcar na safra agrícola 2013/2014. Do total da área em produção ou de corte, Catanduva teve 204.111,7 hectares de colheita mecanizada e um total de 251.010 hectares de cana-de-açúcar produzia.

Os dados fazem parte da pesquisa do Instituto de Economia Agrícola (IEA), em parceria com a coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) que estimou o percentual de mecanização em todo o Estado de São Paulo. A porcentagem de área colhida por máquinas na última safra em Catanduva foi inferior a média do Estado.

Em São Paulo, na safra agrícola 2013/14. Do total de área em produção, ou área de corte (5.497.118 hectares), 84,8% encontra-se mecanizada, correspondendo a 4.659.684,0 hectares, aumento de 3,5 pontos percentuais em relação à safra 2012/2013. Consequentemente, o restante da área em produção ainda demanda trabalhadores para a colheita manual.

Segundo o levantamento, Catanduva fica atrás de Andradina, Araçatuba, Araraquara, Fernandópolis, Presidente Venceslau, Marília, Franca, Barretos, Botucatu, Assis, Avaré, Lins, Jales, São João da Boa Vista e Votuporanga. E fica a frente de cidades como Sorocaba, Tupã, Presidente Prudente, Orlândia, Ourinhos, Limeira, São José do Rio Preto, Itapetininga, Itapeva, Mogi-Mirim, dentre outras.

A pior situação é de Bragança Paulista, que apenas 14% da área colhida é mecanizada. No entanto, o município possui uma área muito pequena de colheita de cana. Estima-se apenas 200 cortadores.

No número de cortadores de cana, Catanduva é a quarta do Estado com mais trabalhadores. À Frente está Orlândia, com 5.941, Presidente Prudente com 3.900, Ribeirão Preto com 3.886, e Catanduva com 3.215.

A pesquisa é realizada no mês de novembro de cada ano por meio do levantamento “Previsão e Estimativas de Safra do Estado de São Paulo”, aplicado em todos os municípios paulistas e informado por técnicos das Casas de Agricultura da CATI. Na pesquisa, cada responsável deve informar o percentual de área colhida por máquinas, sendo possível calcular tanto o índice de mecanização por Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDR), bem como o índice para o estado (ou qualquer outra abrangência geográfica de interesse).

Resultado no Estado
O resultado informado aponta que, entre as safras 2012/13 e 2013/14, a área mecanizada apresenta uma variação positiva de 5,2%, enquanto a área em produção de cana-de-açúcar basicamente não se alterou, um recuo de 0,09%. Isto significa que houve avanço da mecanização sobre áreas que antes eram colhidas ainda manualmente.

A partir desse índice de mecanização é possível acompanhar a evolução da mecanização da colheita de cana-de-açúcar e avaliar o cumprimento de dois marcos regulatórios com fins de proteção ambiental e erradicação da queima da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo: Lei n. 11.241 de 2002 do governo do Estado de São Paulo e Protocolo Agroambiental de 2007 (acordo de intenções entre o setor público e privado).

“Pela Lei n. 11.241/2002, a erradicação da queima da cana-de-açúcar está prevista em áreas mecanizáveis para o ano de 2021 e em áreas não mecanizáveis para 2031. Dessa maneira, a mecanização na colheita está bem adiantada, inclusive nas metas intermediárias: 80% para o ano de 2016 em áreas mecanizáveis e 20% em áreas não mecanizáveis para o mesmo ano”, conta na pesquisa.

As diretivas técnicas estabelecidas pelo Protocolo Agroambiental estipularam para usinas e fornecedores a erradicação total da queima da cana-de-açúcar para o ano de 2014 em áreas mecanizáveis (áreas cultivadas superiores a 150 hectares e declividade inferior de 12%) com metas intermediárias: 70% de mecanização a partir de 2010 para usinas e 60% para os fornecedores de cana-de-açúcar no mesmo ano.

Para áreas não mecanizáveis (áreas cultivadas inferiores a 150 hectares e declividade superior a 12%), o prazo é maior. Tanto para usinas como para fornecedores com áreas não mecanizáveis a erradicação será até 2017 e com metas intermediárias: a partir de 2010, 30% de mecanização para usinas e 20% para fornecedores.

“Apesar do levantamento realizado não identificar as áreas em produção pertencentes às usinas ou aos fornecedores, ou mesmo se são áreas mecanizáveis ou não, é possível constatar que o índice de mecanização para o total do estado está em uma posição intermediária para as metas estabelecidas”, afirma.

As EDRs estão com seus índices de mecanização acima da média estadual (84,8%) e que juntos representam 50,5% do total de área em produção da cana-de-açúcar. Ressalta-se ainda que 8 dessas regiões encontram-se com mais de 90% mecanizadas, tais como Araçatuba, Andradina e Assis, regionais que contêm menos de 5,0% da área de corte estadual. Por outro lado, regionais como Orlândia e Ribeirão Preto, que participam com aproximadamente 6,5% da área de corte estadual, apresentam pouco mais de 70,0% de mecanização.

“Entretanto, algumas regiões, como Piracicaba, encontram-se abaixo da média (72,7%) e apresentam dificuldades para aumentar a mecanização por conta de dois fatores: a declividade do solo que impede o uso de colhedoras e a presença de fornecedores de cana-de-açúcar com áreas inferiores a 150 hectares. Tais fatores dificultam o cumprimento do Protocolo Agroambiental nos prazos estabelecidos, porém, ainda possuem uma margem de tempo para a mecanização por meio da Lei n. 11.241 de 2002”.

A pesquisa ressalta ainda que, em algumas regiões, pequenos produtores estão arrendando suas terras ou migrando para outras culturas em decorrência da proibição da queima da cana, pois a baixa remuneração do setor e a desvantagem econômica em fazer a colheita mecanizada em pequenas áreas acaba excluindo esses produtores na produção da cana-de-açúcar.

Para este ano
A estimativa da safra deste ano não tem sido muito favorável. Isso por conta da estiagem dos meses de novembro até janeiro deste ano. A chuva nessa época auxilia no desenvolvimento da cana.

A União dos Produtores de Bioenergia (UDOP) prevê que a estiagem provoque perdas de 3 a 4 % do total de faturamento, estimado para essa safra que terá início, em R$ 60 Bilhões.

Isso mesmo depois dos favorecimentos ocorridos para o setor, a volta da CIDE, que aumentou o preço da gasolina e consequentemente, deixou o etanol mais atrativo e o aumento de 25% para 27% na mistura do etanol anidro a gasolina. O cálculo da UDOP é de que pelo menos R$ 2,4 bilhões sejam perdidos por conta da falta de chuvas do ano passado.


Fonte: O REGIONAL

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