Com a divulgação das primeiras ações do projeto ‘Governança Corporativa da Cadeia Produtiva Sucroenergética’ e a ameaça de se boicotar o início da safra canavieira 2015/16, caso o governo federal não atenda a pauta de reivindicações do setor, a presidente Dilma Rousseff finalmente saiu do imobilismo e começou a olhar de forma diferente para o setor que já fechou 83 usinas, colocou outras 70 em processo de recuperação judicial e extinguiu 300 mil empregos nos últimos seis anos.
Pouco antes do gigantesco e marcante protesto promovido em Sertãozinho, o governo avisou que a Cide seria restabelecida no preço da gasolina, o que tornou o etanol um pouco mais competitivo e também anunciou o aumento de 25% para 27% na mistura do etanol anidro à gasolina, o que cria um novo mercado de 1 bilhão de litros.
Na última segunda-feira, ao fazer o balanço do seu primeiro mês como ministra da Agricultura, Kátia Abreu anunciou oficialmente que três leilões de energia a partir da biomassa (cogeração) estão definidos para os próximos meses. A realização de leilões por fontes de geração era antiga reivindicação dos usineiros, pois é insensato misturar todas as fontes como se elas tivessem as mesmas planilhas de custo.
Ou seja, o estilo Dilma de governar fica mais uma vez claro e mantém o estigma “Brasília não age, reage!”. O prejuízo que foi imposto ao setor sucroenergético a partir do início do 2º mandato do presidente Lula e agravado no primeiro mandato de Dilma, é monstruoso e não se equilibra com as três medidas já anunciadas.
É preciso mais, muito mais. A indústria de base precisa de oxigênio e incentivos para sobreviver. Não é possível escancarar nossas fronteiras para indústrias de bens de capital da China, Rússia e Índia invadirem nosso mercado apenas porque temos aí instalado um governo incompetente e irreponsável.
Os fornecedores de cana não podem se desfazer de suas propriedades, grande parte delas herdadas e que representam agricultura familiar na sua essência, para pagar as dívidas acumuladas nas últimas três safras quando todos pagaram para entregar sua produção às usinas.
A cadeia produtiva canavieira, por sua vez, precisa se repensar e buscar novas tecnologias de produção e gestão que permitam que sobreviva com os preços do petróleo no mercado internacional a menos de US$ 50 o barril. Com efeito, todas estas questões estão contempladas no bojo no projeto “Governança Corporativa da Cadeia Produtiva Sucroenergética”.
Fonte: Da Redação
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