De especialistas a produtores, todos concordam que há espaço para melhorar o uso da água na agricultura.
Sergio Pitt, produtor de grãos no oeste da Bahia, diz que é necessária uma política de gestão na propriedade.
Essa política tem de incluir um aproveitamento maior das águas em período de boa vazão, mas uma redução da utilização quando os rios estão com níveis críticos.
A produtividade do período de boa vazão compensa a menor rentabilidade do período ruim, segundo ele.
As boas práticas já levam produtores de arroz irrigado no Sul a reduzir o consumo de água entre 30% e 40%.
Para melhorar a irrigação, Bassoi, da Embrapa, destaca que é necessária uma agenda comum "mais entrosada" das instituições que trabalham sobre o tema água.
Tangerino diz que é difícil apontar um único culpado nessa situação atual, mas afirma que faltam planejamento e gestão, tanto nos governos municipais e estaduais como no federal.
"Nossa matéria-prima é a chuva -ao contrário de alguns países que têm o degelo- e temos de buscar meios para manter essa água."
REPRESAMENTO
Nascentes mal conservadas e ausência de matas ciliares -em alguns casos até por orientações erradas no passado- não podem persistir. Ele destaca a necessidade de represamento de água no período chuvoso, o que é dificultado em alguns Estados.
Pitt diz que essas secas são cíclicas e mudam de regiões, mas os cuidados dos produtores devem ser os mesmos em qualquer uma delas.
Uma das principais atitudes deverá ser a de reter a água na propriedade, fazendo com que ela vá ao lençol freático pelo solo, sem chegar aos rios e provocar assoreamentos.
Fonte: Folha de S.Paulo
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