No mesmo período em 2005, o combustível custava R$ 1,24, segundo ANP.
Aumento pegou até revendedores de surpresa, afirma sindicato.
O preço médio do etanol é o maior dos últimos dez anos em Campinas (SP), segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Na cidade, em janeiro de 2015, a média dos valores praticados nas bombas até o dia 24 era de R$ 1,94, enquanto que no mesmo período de 2005, por exemplo, o combustível custava R$1,24, o que representa um aumento de 56,4%.
No entanto, já há postos cobrando até R$ 0,20 a mais que o preço médio divulgado pelo último levantamento da ANP. Segundo as indústrias de cana de açúcar, o motivo desse aumento é a quebra da safra e a culpa, desta vez, é da estiagem.
De acordo com os produtores, a colheita ficou muito abaixo do que foi produzido entre os anos de 2013 e 2014, quase 20 milhões de toneladas a menos. Quando falta produto no mercado o resultado é aumento de preço.
Açúcar
Para o economista Rafael Longo, o aumento do etanol também tem relação com o mercado internacional do açúcar. "A mesma matéria-prima faz também o açúcar, então, dependendo do preço internacional do açúcar, produz-se mais um do que o outro. Por exemplo, se o açúcar estiver mais caro lá fora, o produtor vai preferir produzir mais açúcar do que álcool", explica.
No entanto, o especialista destaca que o preço do etanol tem como teto a gasolina. "Então, existe um limite, que é aquela fórmula que a gente conhece que é 70% do preço da gasolina para valer a pena você abastacer com etanol", destaca.
Surpresa
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Derivados de Petróleo de Campinas e Região, Flávio Martini de Souza Campos, o aumento do combustível pegou até os revendedores de surpresa. "Os usineiros subiram o preço ao longo dessa semana e desde sábado (24) os postos passaram a receber o etanol com preço reajustado. Nós não esperávamos esse aumento neste momento", explica.
Ainda de acordo com o presidente do sindicato, o preço do etanol nas bombas poderá subir mais nos próximos dez dias. "O aumento vai depender do estoque de cada posto e cada distribuidor faz o repasse em determinado momento, por isso, pode levar até 10 dias para os preços se acomadarem", explica.
Fonte: Portal G1
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