Protesto contra a crise do setor sucroenergético reunirá entidades e trabalhadores do setor, além de funcionários públicos. Objetivo é mostrar a governos o potencial do município para gerar energia pelo etanol ou pela queima de bagaço.
Em protesto contra a crise do setor sucroenergético, diferentes segmentos econômicos deverão interromper suas atividades nesta terça-feira (27), em Sertãozinho.
Liderado por entidades do setor, sindicatos de trabalhadores e prefeitura, a manifestação deve reunir cerca de 20 mil pessoas.
O objetivo é sensibilizar os governos estadual e federal sobre o potencial do município em gerar energia elétrica pelo etanol ou pela queima do bagaço de cana-de-açúcar.
De acordo com Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do Ceise-Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), hoje as indústrias trabalham com 40% de capacidade produtiva.
"Iremos encaminhar aos governos federal e estadual um documento com as nossas reivindicações e a situação do município", disse.
CRIAÇÃO DE EMPREGOS
Um dos principais polos industriais do setor do país, o município amargou o quarto pior resultado na criação de empregos em todo o Estado no ano passado, com um saldo negativo de 2.046 vagas.
Os outros municípios paulistas que também tiveram desempenho ruim foram Campinas, Diadema e São Bernardo do Campo, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.
Duas principais rodovias de acesso ao município, Carlos Tonani e Armando Sales de Oliveira, serão bloqueadas para o trânsito de veículos.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o trânsito nas vias de acesso ao distrito industrial será bloqueado às 8h.
"A intenção é que a cidade inteira pare e todos os trabalhadores participem, porque a crise está afetando outros setores também, como o comércio", disse Claudinei de Oliveira, diretor do sindicato dos metalúrgicos.
De acordo com José Carlos Canesin, presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Sertãozinho e Região), toda a atividade econômica da cidade é alicerçada no setor metalúrgico e atrelada à retomada do setor sucroenergético.
"Todas as categorias estão em crise. Não podemos ficar esperando pelo pior", afirmou, em nota.
Desde a semana passada, cinco carros de som andam pelos bairros e avisam a população sobre o protesto.
Com o fechamento de indústrias, Sertãozinho deixou de arrecadar cerca de R$ 30 milhões em tributos nos últimos dois anos
Fonte: Folha de S. Paulo
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