O colapso do preço das commodities vai significar uma perda de cerca de US$ 11 bilhões em exportação de soja e minério de ferro em 2015, apontam os departamentos econômicos dos dois maiores bancos privados brasileiros, Itaú e Bradesco.
Esse valor representa 10% das vendas totais de produtos básicos do Brasil. Um dos maiores exportadores de matérias-primas do planeta, o país começa a sentir o fim da bonança de preços altos das commodities.
O efeito imediato não será tão traumático, porque alguns fatores vão contrabalançar as perdas, como a queda do preço da gasolina e do diesel que o país importa. Além disso, a desvalorização do real pode estimular a exportação de manufaturados.
Segundo levantamento feito entre analistas pelo Banco Central, o superavit da balança comercial pode até crescer, saindo de US$ 2,5 bilhões neste ano para US$ 7,8 bilhões no ano que vem. Mas é um saldo inexpressivo em relação aos mais de US$ 20 bilhões já atingidos em anos anteriores. Em 2006, chegou ao recorde de US$ 46 bilhões.
No médio prazo, a derrocada das commodities é preocupante. Os produtos básicos representam praticamente metade do que o Brasil exporta. Apenas minério, soja e petróleo, os três principais itens, respondem por 30% das vendas externas.
Quando a economia brasileira voltar a crescer e puxar importações, o resultado da balança comercial pode piorar, afetando o resultado das trocas do Brasil com o mundo e deixando o país mais vulnerável a crises externas.
Fonte: Brasilagro
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