A colheita da cana de açúcar irá terminar antes do esperado em São Paulo. Os agricultores estão no final da colheita em Araçatuba. A razão é a forte estiagem que prejudicou a safra.
A seca deve provocar uma quebra de cerca de 50 milhões de toneladas na safra de cana-de-açúcar no centro-sul do Brasil. Essa quantidade equivale a 10% da produção. Mas em alguns locais a perda é ainda maior. A colheita da cana deveria se estender até o mês de dezembro no noroeste de São Paulo, mas já está terminando agora em outubro. A quebra da safra por conta da seca é calculada em mais de 20% na região.
O presidente da Associação dos Produtores de Cana de Araçatuba, Fernando Girardi, aponta os efeitos da falta de água na produtividade da lavoura. "Embaixo, a cana tem um desenvolvimento normal. Quando vai subindo, ela tem um encurtamento do caule. Esse encurtamento em relação ao normal caracteriza a perda de produção", diz.
A seca afetou também as áreas de renovação dos canaviais. Por falta de chuva, a canaplantada no mês de julho não se desenvolveu. Além disso, a área de plantio diminuiu e deve afetar a safra do próximo ano. "O setor leva de três a quatro anos. Essa retomada não é imediata", alerta Girardi.
Os problemas ligados ao mercado do açúcar e do etanol não são novos. Desde 2007, 70 usinas fecharam na região centro-sul e 65 estão em processo de recuperação judicial.
Assista ao vídeo com a entrevista com o produtor de cana e presidente do conselho da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Roberto Rodrigues, que explica o que está acontecendo com o setor.
O petróleo atravessa uma fase de baixa no mercado internacional, o que torna a margem de preço entre o etanol e a gasolina mais apertada. Outro agravante é que os preços internacionais do açúcar também estão baixos. Desde 2010, as cotações já caíram quase 40%.
Fonte: Globo Rural
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