Portaria do Ministério de Mias e Energia foi publicada nesta quinta-feira (16). Distribuidoras poderão contratar energia para substituir contratos.
O leilão de energia existente A-1 que está previsto para ocorrer em 5 de dezembro contratará energia por prazos de 3 e 5 anos, segundo portaria do Ministério de Minas e Energia.
Com o leilão, as distribuidoras poderão contratar energia para substituir contratos que estão vencendo. Isso porque, com o preço alto no mercado à vista, as usinas com energia disponível devem preferir vender ali do que fechar contratos a valores mais baixos, como normalmente ocorre nesses leilões.
Os períodos de contratação serão dois: de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019 e outro de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2017. As térmicas poderão negociar energia por disponibilidade, em contratos de 3 anos, e as outras fontes, por quantidade, em contratos de 3 ou 5 anos.
Os leilões A-1 costumam ser de curto prazo, para cobrir eventuais necessidades adicionais de energia das distribuidoras para o ano seguinte. Mas desde o ano passado o governo federal tem apresentado prazos mais amplos para, numa tentativa de atrair mais oferta por parte das geradoras.
Nos últimos anos, altíssimos preços de curto prazo, diante da situação desfavorável dos reservatórios das hidrelétricas e acionamento de térmicas, tem dificultado ofertas nesses leilões. Isso porque geradoras consideraram mais atrativo continuar vendendo a energia disponível no curtíssimo prazo a fechar contratos a preços muito mais baixos estabelecidos nos leilões.
No leilão de 5 de dezembro, esse efeito deve ser reduzido caso seja aprovada proposta da Aneel de cortar o teto do preço de energia de curto prazo (PLD) em mais de 50% --o que pode atrair oferta de geradoras, já que perspectivas de ganhos com o PLD também seriam fortemente reduzidas. A proposta está em consulta pública até 10 de novembro.
As distribuidoras precisam contratar cerca de 4 mil megawatts (MW) médios para cobrir a descontratação no primeiro semestre de 2015. No segundo semestre ficam disponíveis mais cerca de 4 mil megawatts médios de concessões de geração que vencem em junho, o que deixaria as empresas muito sobrecontratadas no resto do ano, se cobrirem toda a necessidade que terão para o primeiro semestre.
Segundo a agência Reuters, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Fonseca Leite, estimou em setembro, antes de divulgação de prazos do A-1, que o leilão deve cobrir parte da necessidade das distribuidoras de energia do primeiro semestre de 2015 e que as empresas devem enfrentar alguma sobrecontratação no segundo semestre.
Fonte: Portal G1
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