A 3ª edição da Norcana reúne produtores rurais do Nordeste no Recife, em Pernambuco. A feira voltada para quem produz açúcar e álcool é uma oportunidade para conhecer tecnologias que ajudem a melhorar o cultivo na região. O evento termina nesta quinta-feira (18).
O agricultor Frederico de Queiroz tem uma propriedade rural no município de Xexéu, na zona da mata sul de Pernambuco, e participa pela terceira vez da feira de negócios dos produtores de cana. Ele foi ver o maquinário e participar das palestras. Os temas são de interesse dos pequenos e grandes produtores. No evento são repassadas informações sobre tecnologias para o aumento do cultivo nos canaviais nordestinos.
Nas primeiras décadas do século 20, Pernambuco era líder na produção de cana-de-açúcar no Brasil. Hoje, o estado é responsável por apenas 3% da produção nacional. Nos últimos dez anos, oito usinas encerraram as atividades. A última foi a Unaçúcar, no litoral sul estado. Em março deste ano, a usina parou a moagem e mais de mil trabalhadores ficaram desempregados.
Para o representante da União Nordestina dos Produtores de Cana, as causas têm relação direta com o relevo acidentado das terras onde a cana é cultivada. “A topografia da nossa região é mais acidentada. E as secas que frequentemente atingem a região. Isso aumenta nosso custo de produção. O empresário, naturalmente, procurou regiões mais adequadas para o plantio da matéria-prima”, diz Alexandre de Andrade Lima.
Apesar no cenário negativo, quem cultiva cana acredita que as novas tecnologias possam ser boas aliadas para aumentar a produção. “A proposta é tentar desenvolver o agricultor da região. Trazer novas tecnologias e alternativas econômicas para o desenvolvimento da zona da mata canavieira. Tentar fazer com que ele se solidifique no interior e consiga desenvolver sua atividade”, diz Hermano Wanderley, organizador da feira.
Fonte: Globo Rural
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