A economia potiguar gerou, em agosto, 3.824 empregos com carteira assinada, motivada principalmente pelo setor de agropecuária, mais especificamente pela colheita da cana-de-açúcar. O número é 0,87% maior em relação ao mês de julho e 18,7% a mais do que o mesmo mês (agosto) de 2013, quando foram criados 3.219 postos de trabalho no Rio Grande do Norte. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
“Geralmente, nessa época do ano tem-se um pico do emprego. Nos meses de julho, agosto e setembro, em virtude da entrada da safra de cana e da fruticultura, o índice ganha uma puxada forte pelo setor agropecuarista”, diz o economista e diretor regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Aldemir Freire. Um item da pesquisa deu destaque nacional ao RN.
O estado foi o que criou mais vagas no “cultivo de plantas de lavoura temporária não especificadas”, apresentando um saldo de 1.202 postos de trabalho, à frente de São Paulo, o segundo colocado e marcando 1.114 vagas criadas.Os oito primeiros meses de agosto foram melhores também apresentam um fluxo positivo de empregos melhor do que o observado no ano passado. Foram criados 6.486 empregos em 2014, uma alta de 1,48% em relação ao período semelhante de 2013.
De acordo com Aldemir Freire, o Caged publicou a pesquisa com um equívoco: assinalou que o setor da indústria química, produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria gerou 1.528 empregos. “Não temos uma indústria química com esse tamanho aqui no RN. Quando checamos os números por ocupação, vemos que para o posto de trabalhador da cultura da cana-de-açúcar foram geradas 1.274 vagas”, explica. Ou seja, a rubrica correta para essas vagas criadas seria a “indústria de produtos alimentícios, bebida e álcool etílico”.
A colheita do melão na região oeste também influenciou no fato da agropecuária ganhar protagonismo, em agosto, no que diz respeito à geração de empregos. O mercado de trabalho (população economicamente ativa) no RN é formado por 1,55 milhões de pessoas, segundo dados da última pesquisa, ainda do ano de 2012. Destas, 111 mil estão desempregadas, ou seja, uma taxa de desemprego de 7,13%.
Essa taxa declina ano a ano (com exceção de 2009, ano dos impactos da crise financeira mundial) desde 2005, quando ela estava em 10,61%.
Analisando a variação relativa de cada setor econômico, a agricultura cresceu 10,95% em agosto, seguida pela indústria de transformação, que subiu 2,26% e o comércio, com 0,68% de elevação.
A construção civil foi o segmento que mais se retraiu, diminuindo a quantidade de postos de trabalho em 1,58%.Os três municípios com a maior quantidade de vagas criadas foram Mossoró (1.037 empregos), São Gonçalo do Amarante (452 postos de trabalho) e Canguaretama (205 vagas).
Fonte: Novo Jornal
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